Mont Serrat: conheça história da churrascaria que deu nome para a região em Brusque

Empreendimento, inaugurado em 1975, foi o primeiro com espeto corrido da cidade

Mont Serrat: conheça história da churrascaria que deu nome para a região em Brusque

Empreendimento, inaugurado em 1975, foi o primeiro com espeto corrido da cidade

A região do Mont Serrat, localizado no bairro Nova Brasília, em Brusque, recebeu esse nome anos atrás. A origem da denominação é referente a uma famosa churrascaria que movimentou o local nas décadas de 1970 e 1980.

Essa história começa por volta de 1974, quando os irmãos Arno e Altamiro Gallassini, empresários do ramo moveleiro, compraram um terreno na rodovia Antônio Heil. A área fica bem no topo do morro.

Arno Gallassini/Arquivo pessoal

Na época, eles tiveram a ideia de abrir uma churrascaria, a primeira com espeto corrido da cidade. “Tinha uma em Guabiruba, mas só aos fins de semana. No centro de Brusque também tinha outra churrascaria, mas sem espeto corrido”, recorda Arno, que hoje tem 77 anos de idade.

Após a compra do terreno, começaram a construção do estabelecimento, ainda sem nome. Então, Arno viajou para São Paulo com um amigo. Eles foram até Santos e conheceram a Igreja de Nossa Senhora de Monte Serrat. “Coloquei esse nome na cabeça, gostei. Era diferente”, relembra.

Quando retornou, Arno tinha uma certeza: a churrascaria se chamaria Mont Serrat. Ele percebeu que o nome faria sentido, pois o estabelecimento ficava localizado no maior morro de acesso à cidade até então.

Arno Gallassini/Arquivo pessoal

A Churrascaria e Bar Mont Serrat foi inaugurada numa sexta-feira, 13, em fevereiro de 1975. O local logo se tornou ponto de encontro e almoço de muitas famílias e amigos. Então, o nome se popularizou.

Os dois irmãos ficaram à frente do estabelecimento durante cinco meses. Nesse tempo, Arno e a esposa Irene Gallassini, hoje com 72 anos, trabalharam com o churrasqueiro Nivert Lang e o assador Germano Eccel, que cuidavam das carnes.

Arno e Irene estão há 50 anos casados e tiveram duas filhas | Foto: Luiz Antonello/O Município

Apesar de não recordar dos nomes de todos que atuaram nos primeiros anos da churrascaria, o casal lembra de Oscar Ardigó, Valentin Gallassini, da cozinheira Ida Zen e da Edla Gallassini. “Tinha o Pulpa e um Fischer também, eram mais de cinco garçons”, continua Arno.

A churrascaria atendia de domingo a domingo, começava com almoço e servia jantar. “Tinha muito movimento, faziam fila. Em alguns dias ia até às 4h da manhã”, lembra Irene.

Na foto, Ademar Tomazoni (à direita), Antônio Armando Tormena, o Toni (primeiro à esquerda), Adilson Martins (de camisa branca) e Cláudio José Mafra | Foto: Érico Zendron/Arquivo pessoal

“Nós não éramos acostumados, levávamos os pratos nas mesas, aí caiam os garfos no chão e lá íamos nós. Nós fazíamos aquelas paneladas de comida, meu Deus do céu”, continua Irene, sorridente.

Contudo, a sociedade não deu certo e os irmãos decidiram alugar o estabelecimento para outros empreendedores, que mantiveram a icônica churrascaria até meados de 1980, quando fechou. O local passou a ser usado como um comércio de calçados, até ser destruído por um incêndio. Arno e Irene não se lembram em qual ano aconteceu esse fato.

Mont Serrat: o nome de uma região

Arno Gallassini/Arquivo pessoal

Segundo Arno e Irene, a churrascaria virou um ponto de referência no local. “Falavam assim: hoje vamos lá no Mont Serrat, lá na subida. Foi ficando”, relata ela.

Com o tempo e o impacto do empreendimento da família Gallassini, o nome marcou toda a região, que hoje é conhecida como Mont Serrat.

O irmão Altamiro faleceu aos 84 anos, em 2021. Atualmente, o local onde era localizada a churrascaria está um galpão para ser alugado comercialmente, ainda de posse da família.

Luiz Antonello/O Município
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