Morador de Brusque realiza travessia de barco por trecho da costa brasileira; saiba detalhes da aventura
Partindo de Itajaí com destino a Porto Alegre, travessia durou três dias
O médico cirurgião Jander Tomazelli, que é morador de Brusque, realizou uma travessia oceânica de Itajaí até Porto Alegre com o veleiro Namastê. Chamada de travessia “Vai ou Volta”, ela é considerada a mais difícil da costa brasileira por causa dos fortes ventos. A passagem dura cerca de três dias.
Jander possui o veleiro Namastê há oito anos. Ele é o comandante do barco e levou para a viagem o amigo velejador Marcelo Bolina. “Ele já foi o barco do Paulo Massa, tio do Felipe Massa. Velejar por esse trecho foi um projeto pessoal, pois gosto de navegar por águas mais desafiadoras”, afirma Jander.
Etapas
A viagem foi dividida em três etapas. Eles saíram de Itajaí e passaram a noite ancorados em Florianópolis no dia 8 de fevereiro. Na manhã seguinte, esperaram por condições favoráveis e saíram para Rio Grande (RS), cidade em que está localizada a lagoa dos Patos, a maior laguna do Brasil.
Na noite do dia 11, a dupla chegou na cidade gaúcha e, com as condições ideais, realizou a subida para a lagoa dos Patos. Eles chegaram no Iate Clube dos Jangadeiros, em Porto Alegre, apenas na tarde do dia 15.
“Para velejar descendo a costa, você precisa de um vento nordeste. Agora para subir a lagoa dos Patos, você precisa do contrário. Precisa de um vento sul empurrando. Com vento nordeste, você não consegue velejar na lagoa dos Patos. Esta é a maior dificuldade”, diz.
Preparação
Jander já realizou outras travessias com barcos. Ele diz que o Namastê é desafiador, pois é necessário ter conhecimentos de meteorologia e saber manejar as velas.
“Eu já fiz travessias menores, como para Paranaguá, Florianópolis e Angra. Apesar de serem longas, elas não envolvem ventanias e condições de mar mais severas. Eu também tive auxilio de velejadores mais experientes para ter condições de fazer uma viagem desse nível”, afirma.
Dentro do barco, Jander tinha como garantia uma balsa salva-vidas e um spot, aparelho de comunicação via satélite. Ele diz que o mais importante é as velas e o motor estarem em bom estado para velejar.
Viagem
Com experiência em outras viagens, Jander chegou a pegar ondas de três metros e ventos de 20 nós, aproximadamente 37 quilômetros por hora. Ele fala que a beleza da lagoa dos Patos foi o que o atraiu nessa aventura.
“A lagoa dos Patos é um local, na minha opinião, místico, pois não é uma beleza tropical que todo mundo procura. O vento é mais duro. O mar de dentro da lagoa é mais duro e tem uma beleza diferente. Talvez pelo pela dificuldade, pelo certo perigo que envolve essa navegação, ela chama atenção”, conclui.
Atualmente, o veleiro está no Iate Clube dos Janguadeiros, pois Jander planeja realizar uma próxima viagem.
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