Morador de Brusque se encontra com a rainha da República Democrática do Congo
Ele representou a Academia de Letras do Brasil em uma premiação
Ele representou a Academia de Letras do Brasil em uma premiação
O vice-presidente da Academia de Letras do Brasil seccional Brusque, Marcos Eugênio Welter, recebeu no dia 16 de setembro um troféu de cristal no Palácio do Parlamento de Londres em nome da Academia de Letras do Brasil. A honraria faz parte da “Premiação Melhor do Brasil no Mundo“.
O diretor da premiação, o catarinense Rafael dos Santos, ao lado da empresária e ativista Luiza Brunet, entregou os quatro troféus para os vencedores e homenageados durante a premiação no Palácio, conhecido como “prédio do Big Ben”, em Londres.
Segundo Marcos, a conquista se deu através da promoção da literatura lusófona que a Academia de Letras do Brasil realiza mundialmente. O prêmio que o catarinense recebeu é conhecido pelo nome de Canário de Ouro. O morador de Brusque também é vice-presidente mundial da Academia de Letras.
Os eventos “Melhor do Brasil” são organizados pela revista britânica High Profile, ligada ao High Profile Club em Londres. “É a primeira vez que a Academia de Letras do Brasil é premiada em um prêmio internacional deste tipo”.
Para o jornal O Município, o catarinense lembrou do momento e contou algumas curiosidades e personalidades que conheceu na oportunidade. Dentre elas, diz ter conversado com rainha da República Democrática do Congo, Diambi Kabatusuila Mukalenga Mukaji de Nkashama.
“Ela era uma senhora exótica, com um colar de dentes de animais selvagens, tendo na testa uma tiara de conchas e na sua mão o cetro, símbolo do poder. Perguntei ao guarda do palácio quem era ela e disse que era a rainha Diambi, com quem iniciei uma conversa. Para começar me apresentei e perguntei se podia falar com ela. Após ela concordar, perguntei qual a forma de tratamento com que eu poderia me dirigir a ela, se eu poderia lhe chamar de “sua Majestade Imperial”, e ela disse que sim, que este era o tratamento usual”, lembra.
Durante a conversa com a rainha, Marcos diz que comentou sobre a imponência do Palácio do Parlamento Britânico em que estavam e perguntou se ela também morava num palácio. “Para que tamanha pompa? Melhor distribuir para o povo. Eu moro num lugar simples”, teria dito ela.
“Então fomos convidados a entrar e eu tive o privilégio de entrar junto com sua Alteza Real no Palácio do Parlamento. Juntos apreciamos salas majestosas com esculturas e pinturas dignas de um palácio. Falei para ela sobre o trabalho da Academia de Letras do Brasil, que além de levar cultura a todos os povos do planeta tem como grande objetivo a erradicação da fome no mundo. Ela se demonstrou tão interessada que pedi permissão para lhe entregar meu cartão de visita da Academia, pois não seria ético eu pedir o seu telefone e nem que ela anotasse o meu”, lembra o catarinense.
Marcos também encontrou no local a empresária, atriz, ativista e modelo brasileira Luiza Brunet. Segundo ele, ela ficou encantada com o trabalho da Academia de Letras do Brasil.
“Ela me passou o telefone dela e me convidou para marcarmos um jantar no Rio de Janeiro. Como me comunico em cinco idiomas, foi muito fácil o entrosamento e conversação com pessoas de vários países”.
O Troféu da Premiação “Melhor do Brasil no Mundo” é uma peça de arte única e exclusiva. Ele simboliza o orgulho nacional e a excelência brasileira em âmbito global.
A forma do troféu é especial, representando duas mãos unidas que seguram o globo terrestre. Essa imagem é uma metáfora que simboliza a conexão entre os vencedores, que atualmente residem em diversos lugares do mundo, e sua pátria de origem. As mãos simbolizam a ligação ininterrupta com suas raízes e a importância de sua herança brasileira, mesmo quando alcançam o sucesso global.
Já o Prêmio Canário de Ouro, que pertence a a premiação “Melhor do Brasil”, é uma distinção de alto prestígio conferida a pessoas, instituições e produtos que desempenharam um papel crucial na elevação da reputação do Brasil no cenário internacional ou que contribuíram de forma significativa para o bem-estar das comunidades brasileiras no exterior.
Os laureados com o Prêmio Canário de Ouro são personalidades de destaque que atuam como embaixadores do Brasil no âmbito global. Eles podem ser figuras públicas renomadas, líderes de instituições notáveis ou produtos que conquistaram reconhecimento mundial.
Marcos Eugênio Welter nasceu em Joinville no dia 6 de agosto de 1946. Formou-se em direito na Univali no ano de 1974 e lecionou matemática e português no Colégio Nossa Senhora Aparecida em Caçador nos anos de 1968 e 1969. Lecionou Matemática no cursinho preparatório para o Banco do Brasil, em Brusque, anos de 1970 e 1971.
Foi um dos precursores da Associação Brusquense de Bicicross, presidindo a entidade de 1987 até 1996. Também presidiu a Federação Catarinense de Bicicross entre 1990 e 1996, coordenando as atividades a nível estadual.
Posteriormente assumiu o posto de delegado da Confederação Brasileira de Bicicross, representando o Brasil em congressos e conferências na Espanha, França, Holanda, Noruega, Colômbia, Canadá e Estados Unidos. Fala e escreve em Inglês, Espanhol, Alemão e tem noções básicas de italiano e francês.
Em Brusque, também presidiu a Associação de Moradores do Bairro São Luiz de 1995 a 2009. Em 1993 convocou os representantes de todos os órgãos de classe, de todas as entidades representativas e de todos os segmentos da sociedade e presidiu, em nome do Banco do Brasil, a Assembleia de constituição da “Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria e Pela Vida” em Brusque.
A partir dos 16 anos, sua habilidade em escrever fez com que algumas de suas crônicas fossem publicadas. Também redigiu e publicou vários artigos em diversos jornais, entre eles o jornal O Município. Mora há mais de 50 anos em Brusque.
Décadas atrás, só o dialeto bergamasco era falado em Botuverá: “Nem sabíamos o que era o português”: