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Morador do Steffen acumula lixo para reciclagem na calçada e gera impasse

Excesso incomoda vizinhança há anos e Conselho Comunitário do bairro busca solução

Na rua Artur Siegel, no bairro Steffen, a casa 59 possui, dentro do terreno e na calçada, lixo de diversos tipos, e o acúmulo causou um grande impasse entre os moradores e a vizinhança.

Enquanto a população tenta acionar o poder público para que seja feita a limpeza na calçada em frente à residência, quem mora nela não faz questão de resolver o problema. Muito do lixo que fica em frente à calçada são latinhas e itens recicláveis, que são vendidos para complementar a renda da família.

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O problema já tem pelo menos três anos, conforme relata o presidente do Conselho Comunitário do bairro Steffen, Vanderlei Jacinto. Os moradores da rua Artur Siegel acionaram o conselho, que coordena as ações para que a situação do acúmulo de lixo seja solucionada. De acordo com Jacinto, a Prefeitura de Brusque providenciou uma limpeza no local uma única vez, mas nunca retornou.

“Os órgãos públicos argumentam que não podem interferir no que acontece dentro da casa, mas também não atuam na parte da calçada. Entramos com um pedido junto ao Ministério Público para que seja dada a permissão para que a prefeitura possa realizar uma limpeza dentro do terreno também. Esta requisição foi feita há um mês, e está em andamento”, explica.

No total, quatro órgãos diferentes já foram acionados pelo Conselho Comunitário: a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), a Secretaria de Assistência Social, a Vigilância Sanitária e o gabinete do prefeito, além do Ministério Público. A situação é preocupante pelo acúmulo de diversos tipos de lixo no local, que além de bloquear a calçada, muitas vezes causa mau cheiro.

Nesta quarta-feira, 8, a quantidade de lixo na calçada era bem menor | Foto: Vanderlei Jacinto/Arquivo pessoal

O responsável pelo acúmulo de materiais cata diversos tipos de lixo para torná-los recicláveis e vendê-los para complementar a renda da família.

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A filha dele também é moradora da casa 59 da rua Artur Siegel, onde convive com uma amiga que tem uma filha pequena. Ela conta que diversos representantes de órgãos públicos já foram até o local, mas nunca encontraram irregularidades passíveis de advertência formal ou autuação.

“Já veio bastante gente aqui, e sempre abrimos as portas. Vieram procurar focos de dengue e outras doenças, nunca encontraram. Sempre cobrimos todo o lixo com lonas assim que começa a chover. A prefeitura fica de buscar o excesso do lixo, que separamos, mas nunca busca. A Secretaria de Assistência Social chegou a propôr o programa Bolsa Família, mas recusei, porque não passamos necessidade a este ponto. Outras famílias precisam mais”, relata.

Sobre a situação de seu pai, ela conta que ele enfrenta problemas psicológicos. A família, que chegou a perder a casa nas enchentes do fim de 2008, sofreu outra perda irreparável quando o filho da jovem, de um ano e nove meses, faleceu. Isto piorou a situação psicológica do pai, que era muito próximo da criança.

Quantidade costuma ser tão grande que obstrui passagem | Foto: João Vítor Roberge