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Moradora de São João Batista cria matriz para bordados em Braille

Sabrina Picolo Leopoldino registrou sua invenção e já recebe pedidos de todo o Brasil

A moradora de São João Batista Sabrina Picolo Leopoldino, 24 anos, criou uma matriz de bordado em Braille – sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão.

Sabrina é evangélica e faz trabalho voluntário na Casa de Apoio Social O Bom Samaritano, em São José. Lá, ela recebeu a missão de presentear um dos pastores e também o cantor evangélico Clayton Queiroz, com uma toalha bordada, já que ao lado da mãe, é proprietária da loja Mania dos Bordados, em São João Batista.

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Durante a confecção das toalhas, Sabrina se deparou com um desafio: Clayton Queiroz é cego e, por isso, não conseguiria enxergar o bordado.

Moradora de São João Batista adaptou vários pontos de bordado para o Braille | Foto: Divulgação

Foi aí que ela teve ideia de fazer o bordado com o nome dele em Braille. “Eu não sabia como ele ia ler, então comecei a pesquisar se havia alguma matriz de bordado em Braille, mas não encontrei”, diz.

Como é programadora de matriz de bordado, Sabrina decidiu adaptar os pontos para o sistema de escrita tátil. “Não tive ajuda de ninguém, comecei a pesquisar sobre inclusão, mas não tinha nenhuma noção de como era o Braille, de como é ler com os dedos, fui decifrando”.

Há duas semanas aconteceu a entrega dos presentes. Sabrina conta que ficou bastante apreensiva, pois não sabia se a escrita estava correta e nem se Clayton conseguiria ler seu nome na toalha.

O presente foi entregue durante a gravação de uma Vigília. De acordo com Sabrina, Clayton pegou a toalha e, pelos dedos, conseguiu ler seu nome escrito no objeto. “Ele estava no púlpito, deram o microfone e ele disse: ‘está escrito Clayton Queiroz’. Fiquei muito feliz e emocionada”, afirma a moradora de São João Batista.

Cantor evangélico Clayton Queiroz foi o primeiro a receber a toalha bordada em Braille | Foto: Divulgação

Como precisou criar a matriz de bordado em Braille, Sabrina decidiu patentear a sua invenção. “Pessoas do Brasil inteiro já estão me procurando para comprar a matriz, por isso fui atrás para patentear a marca como matriz computadorizada para bordados em Braille”.

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O bordado foi todo feito com máquina simples, porém, Sabrina diz que também é possível em máquinas industriais. A empresária conseguiu adaptar vários pontos do bordado para o sistema de escrita tátil, o que dará mais opções para as pessoas.

A intenção é continuar com o projeto e tornar o bordado cada vez mais inclusivo. “Hoje a inclusão praticamente não existe, está em extinção. Espero com esse trabalho poder ajudar os deficientes visuais e torná-los cada vez mais incluídos”.