Moradora mais antiga de São João Batista completa 106 anos

Dona Dinha festejará o aniversário durante um almoço no domingo, 14, ao lado de 71 convidados

Moradora mais antiga de São João Batista completa 106 anos

Dona Dinha festejará o aniversário durante um almoço no domingo, 14, ao lado de 71 convidados

Com um sorriso sempre presente no rosto, Bernardina Angeli Fagundes, moradora do bairro Colônia Nova Itália, comemora nesta sexta-feira, 12, seus 106 anos. A moradora mais antiga do Vale do Rio Tijucas esbanja saúde e disposição de dar inveja.

Para festejar a data, na sexta-feira, um grupo de oração do Centro de São João Batista irá até a casa de Dona Dinha, como é mais conhecida, para rezar o terço com ela e a filha Terezinha Fagundes, a Teca, 71.

Já no domingo, 14, a centenária ganhará um almoço no Restaurante Trevo, em Nova Trento, onde se reunirá com cerca de 70 convidados. “Este ano optamos por não fazer festa, porque dá muito trabalho e agora tem que cuidar mais dela, porque ela não para quieta, e tenho medo dela cair e se machucar”, conta a filha.

Até os 104 anos, Teca conta que a mãe a ajudava na produção de estopas de malhas. Porém, decidiram parar, e agora, Dona Dinha passa os dias recebendo visitas e auxiliando a filha em casa.

Com 106 anos, Dona Dinha tem muita saúde, caminha com as próprias pernas e é bastante independente. Há quatro meses, Teca revela que a mãe sofreu com um princípio de AVC. “Levamos ela ao hospital, ela foi medicada, mas não queria ficar lá. Trouxemos para casa, o médico disse que certamente teríamos que voltar na madrugada porque ela ficaria ruim. Mas não precisou. No dia seguinte já acordou melhor”, diz.

Por conta da doença, a filha diz que a mãe perdeu um pouco a fala. “Ela já tinha bastante problema de perda de memória curta. Mas, mesmo assim, era bastante faladeira. Agora ela fica mais quietinha, só não perde o sorriso no rosto”, diz.

Segredo da longevidade
Bastante carismática, Dona Dinha é enfática ao responder seu segredo para a longevidade: passar trabalho na vida e mesmo assim, seguir feliz. A mais nova entre os dez irmãos, a centenária afirma que foi a que mais passou trabalho na vida, trabalhando na roça, ajudando os pais.

Depois, casada com José Anastácio Fagundes, ela precisou cuidar do marido que faleceu devido a um câncer no rosto. Viúva aos 37 anos, precisou criar sozinha os três filhos, sendo que o mais novo tinha apenas um ano e um mês.

Na certidão de nascimento, Dona Dinha conta que possui 109 anos. Isto porque, segundo a centenária, na época, o registro foi feito com idade superior a real para que ela pudesse votar.

Reconhecimento estadual
Com a criação da Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil (Adanpib), a centenária se tornou ainda mais conhecida por ser uma descendente de imigrantes italianos.

O pai de dona Dinha, Agostino Fidelle Angeli, chegou ao Brasil com 19 anos, junto com o irmão Domênico Fidelle Angeli. Os dois emigraram da Itália para o Brasil para reencontrarem o pai, Giuseppe Fidelle Angeli.

Por toda representação que Dona Dinha tem no bairro, ela já foi homenageada, inclusive com o título de sócia benemérita da associação. “Eu fico feliz com esse reconhecimento. As pessoas vêm me visitar, pedem para tirar foto comigo”, conta.

A filha também sente orgulho da mãe que chega aos 106 anos com tanto reconhecimento e carinho das pessoas. “É muito gratificante. A gente não sabe até quando ela viverá, mas ela se torna exemplo e inspiração para a gente todo dia, porque está sempre muito ativa e cheia de vontade de viver”, diz.

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