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Moradoras do Centro de Brusque reclamam de esgoto a céu aberto que atravessa residências

Cheiro desagradável e umidade excessiva começaram a ficar intensos em fevereiro

Há um ano, a conclusão da galeria da rua Riachuelo, que fica no Centro de Brusque, trouxe esperanças para os moradores, porém, uma situação na rua C1 002 (anexa a rua Riachuelo) permanece sem solução.

No mês de fevereiro deste ano, uma forte enchente resultou no rompimento do sistema de esgoto, causando transtornos para os residentes próximos. Desde então, uma das famílias que mora no local busca por ajuda para resolver o problema com urgência.

Otávio Timm/O Município

Caso

Janira e a irmã Lucir moram uma ao lado da outra na rua. O esgoto que, segundo elas, teve encanamento rompido, agora está passando no meio da casa das duas. Ao chegar perto do local, é perceptível o cheiro desagradável e o sofrimento das duas na busca por uma solução.

“Vivemos uma saga. No início de março, procuramos a secretaria de Obras para relatar a situação ao responsável, o secretário Ricardo de Souza. Infelizmente, não fomos atendidas no dia da visita, mas foi marcado um novo encontro para o dia 1º de março. Durante essa reunião, expusemos detalhadamente a situação em que nos encontrávamos, e o secretário nos garantiu que tomaria providências imediatas. No entanto, alguns dias se passaram e nada foi feito“, diz Janira.

Otávio Timm/O Município

Diante da falta de ação por parte da secretaria, Lucir (que mora ao lado) decidiu entrar em contato novamente com a secretaria para obter um parecer sobre a situação precária na qual se encontravam.

“Fomos atendidas por uma funcionária, cuja função específica não foi informada. Com a gente ela não demonstrou muita simpatia. Após eu relatar que, se necessário, iríamos ao prefeito para resolver o problema, a resposta que recebemos foi que poderíamos tomar essa medida, ela nem ligou para o que a gente falou”, relata Janira.

Situação urgente

Movidas pela urgência da situação, a família foi até a prefeitura para buscar auxílio. No local, foram atendidas pela secretária do (à época) prefeito Ari Vequi. “Demonstramos a situação através de fotos e fornecemos nosso número de telefone, que ela prometeu levar ao conhecimento do Ari. Desde então, estamos aguardando um retorno“.

Já dia 11 de abril, Janira tentou falar novamente com o secretário de Obras. “Ele nos atendeu fora de seu gabinete, mais especificamente na garagem, enquanto se preparava para sair de carro. Nesse encontro, ele nos deu um prazo de 15 a 20 dias para resolução do problema, mas infelizmente, até o momento, nada foi resolvido“.

Otávio Timm/O Município

Insatisfeitas com a demora, as irmãs decidiram marcar uma reunião com ele para o dia 17 de maio, às 9 horas, com a mediação da Câmara de Vereadores. Entretanto, no dia 16 de maio, por volta das 15h30, elas foram informadas de que a reunião havia sido cancelada, pois o secretário não poderia participar.

“Somente no dia 23 de maio conseguimos uma nova reunião através da intervenção do vereador Rogério dos Santos, a quem agradecemos imensamente por sua ajuda. Falei tudo que tinha para falar para o secretário. A nossa situação é vergonhosa. Ele diz que conhece o nosso problema, mas eu posso afirmar que ele nunca veio aqui ver como tudo está. Pedi para que ele se levantasse da cadeira dele e fosse ver a nossa situação. Desafio ele a ficar duas horas aqui no meio do esgoto para ver se gostaria. Acredito muito que ele possa ter engavetado o nosso caso”.

Riscos

A situação, segundo as irmãs, também representa risco de saúde já que o local é ‘perfeito’ para a proliferação de doenças e queda da estrutura da casa de Lucir.

“A vigilância sanitária já esteve no local e emitiu um parecer que indica a urgência na resolução desse caso. No entanto, a secretaria parece não enxergar essa questão como prioritária. A estrutura da minha casa também corre risco já que está acontecendo infiltração e o solo está ficando mole. A Defesa Civil já esteve aqui também falou que há essa possibilidade”, diz Lucir.

Otávio Timm/O Município

Secretaria se pronuncia

Questionado sobre o assunto pela equipe de reportagem, Ricardo de Souza prometeu que, se a condição climática ajudar, as obras no local devem começar entre 15 a 20 dias.

“Será feita uma nova tubulação na rua Riachuelo. A galeria será ligada na cabeceira da nova ponte. Estamos terminando duas tubulações (em outras ruas) que estão em fase final. Terminando elas, vamos buscar resolver o problema dessa rua”.

As irmãs, no entanto, imploram por uma melhoria mais rápida. Para elas, toda essa questão já foi adiada muitas vezes.

“Não há como esperar mais. Não temos esse tempo que o secretário tem. Já pensou em morar com um rio de esgoto atravessando sua casa? Ninguém aguenta mais esse cheiro, essa umidade. É muito descaso e desrespeito com a gente. Já tentamos de tudo durante vários anos. Vai gestão, vem gestão, e tudo fica igual. Estamos desesperadas. Eu não consigo comer com esse cheiro e minha irmã não dorme com medo da estrutura da casa dela ceder”, conclui Janira.


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