Moradores da Cristalina reclamam da falta de infraestrutura na localidade
Comunidade elaborou um documento elencando as principais necessidades da região, que tem 350 famílias
Moradores da Cristalina reclamam da falta de infraestrutura na localidade
Comunidade elaborou um documento elencando as principais necessidades da região, que tem 350 famílias
- 14/11/2019
- 7:00
Moradores da Cristalina, no bairro Dom Joaquim, estão descontentes com a falta de infraestrutura na localidade. De acordo com eles, a comunidade precisa de diversas melhorias, entretanto, não recebe a atenção necessária do poder público.
Os moradores se reuniram e elaboraram um documento elencando as principais necessidades da localidade. O documento, inclusive, já foi entregue na Câmara de Vereadores de Brusque.
A principal reivindicação da comunidade é em relação à estrada. Dos 7 km, apenas 650 metros são asfaltados e contam com infraestrutura hidráulica. O restante é estrada de barro, com menos de dez bueiros em funcionamento. “Após a implantação da rede de água na rua, não houve reparo da tubulação atingida”, diz o documento.
Os moradores também enfrentam problemas relacionados às más condições da rua, já que há um grande fluxo de veículos que passa pelo local diariamente. “A estrada é totalmente desproporcional em relação à manutenção desempenha pela prefeitura, uma vez que a via também serve de acesso às cidades de Guabiruba e Botuverá”.
Os moradores lembram que o acesso principal à localidade foi alargado em gestões anteriores, entretanto, ainda existe cerca de 250 metros pendentes, em que o fluxo de caminhões e até mesmo de veículos é prejudicado e perigoso, pois a maior parte do trecho não suporta o encontro de carros em sentido contrário, devido à largura estreita e má conservação da via.
Ao longo da estrada que dá acesso à comunidade está instalada a rede elétrica. Segundo os moradores, devido ao solo instável, há o risco de os postes instalados desabarem, deixando diversas famílias, indústrias e escola sem energia elétrica.
“Embora demonstrado de forma brusca o desleixo da administração pública municipal, a localidade também é berço de 42 empresas que, segundo levantamento feito pelos próprios empresários, contribuem anualmente com aproximadamente R$ 2 milhões ao cofres públicos municipais”.
Os moradores também reclamam da ausência do transporte coletivo. Segundo o documento, a única linha de ônibus que servia as cerca de 350 famílias residentes na localidade foi suprimida em 2014.
A ponte pênsil também é uma preocupação da comunidade. Construída em 1990 para ligar as cidades de Brusque e Guabiruba, a estrutura é a única ainda em atividade no município, mas enfrenta a ação do tempo e a falta de manutenção das prefeituras.
Além disso, os moradores consideram o fornecimento de água na localidade precário, devido as frequentes interrupções de fornecimento em períodos de estiagem.
O que diz a Secretaria de Obras
O secretário de Obras, Ricardo de Souza, diz que a pasta está ciente dos problemas de infraestrutura enfrentados pela comunidade da Cristalina.
De acordo com ele, a prefeitura já realizou levantamento topográfico para saber se é possível fazer o alargamento da estrada, entretanto, a obra foi considerada inviável, pois em alguns pontos há cerca de 20 metros de barranco, o que tornaria a obra muito cara.
Souza afirma que o diretor da pasta, Nick Imhof, e a diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andrea Volkmann, devem ir até a comunidade para avaliar a estrada e iniciar o projeto de enrocamento com pedro nos trechos mais críticos.
“O projeto para enrocamento, alargamento da via e o asfaltamento, deve custar em torno de R$ 800 mil a R$ 1 milhão. Será uma obra de grande envergadura, não se faz de um dia para o outro, estamos sempre patrolando e procurando atender os moradores, mas não conseguimos atender todos os problemas da cidade ao mesmo tempo”, afirma.
O secretário diz ainda que a prefeitura iniciará busca de recursos para poder realizar as melhorias na localidade.