Moradores de Brusque falam do vendaval: “Quase fui atingida por placa”
Empresários, vendedores, bombeiros, entre outros profissionais, relatam que o fenômeno foi atípico
Ainda assustados, os moradores de Brusque são unânimes em dizer que nunca haviam presenciado um temporal com tanta gravidade como o que aconteceu no fim da tarde desta terça-feira, 23. Empresários, vendedores, bombeiros, entre outros profissionais, relatam que o fenômeno foi atípico.
A vendedora do O Boticário, da loja do Centro, Luiza Morgana Fusão, hoje mais calma, agradece a Deus por estar bem. A sua motocicleta foi atingida pela fachada da Farmácia Lindóia.
Ao perceber que o tempo “estava feio”, ela foi até a moto, estacionada em frente à farmácia para buscar a capa de chuva. Porém, como se intensificou a água, acabou aguardando alguns instantes dentro do estabelecimento até ir na moto. Alguns minutos depois, pegou a capa de chuva. Logo em seguida, o outodoor desabou.
“A sorte que eu já estava dentro da farmácia. Poderia ter caído em cima de mim ou de outras pessoas que estivesse passando. Nunca tinha presenciado um temporal desse jeito”, conta Luiza.
Sua motocicleta teve poucos danos. Segundo ela, o banco e o espelho ficaram frouxos e entortou um pouco do pé.
Assim como ela, a vendedora da da Rogério Calçados, Cristiane da Cruz – estabelecimento que também teve a fachada arrancada pelo vento-, diz que o acontecimento de terça-feira foi “uma infelicidade para a cidade inteira”.
Ela conta que ao perceber que a ventania se intensificava, baixaram a porta da loja, sendo que somente perceberam que a fachada caiu quando escutaram o barulho e puderam comprovar pelas câmeras externas da loja.
A placa caiu em cima de um veículo que estava estacionado na via. Por sorte, não havia ninguém no carro. O veículo também não estragou. “Foram muitos estragos pela região. A sorte que ninguém estava no carro”, ressalta.
A proprietária do salão Morena Flor, na avenida Sete de Setembro, no Santa Rita, Rosenilda Ramos de Jesus, afirma que o temporal foi o maior que presenciou até hoje. Até há um mês atrás, entrava água no local, mas devido à uma proteção que colocou nas portas, o problema foi resolvido.
Todavia, isso não impede que um barral se forme em frente ao estabelecimento. “Já alagou diversas vezes. Agora não mais, mas o barro sempre fica na frente. Pra mim este foi o pior temporal que vi em Brusque, porque além da água, o vento foi muito forte”.
O cabo Souza, do Corpo de Bombeiros, que trabalha nesta terça-feira para retirar as árvores que caíram nas vias públicas ou/em residências, diz que em anos de trabalho no município, este vendaval foi um dos mais impactantes. “Estamos acostumados a trabalhar em ocorrências de alagamentos, mas de vendaval fazia bastante tempo que não víamos”.