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Moradores de Guabiruba erguem a 4ª Maibaum; veja como foi

Nova Árvore de Maio tem 21 metros e ficará de pé até o fim de 2028

A quarta Maibaum (Árvore de Maio) de Guabiruba, foi erguida, neste 1º de maio, Dia do Trabalhador. Cerca de 60 pessoas foram responsáveis pela colocação, de forma manual, da nova Maibaum na rótula situada entre as ruas Imigrantes e Brusque, no centro do município.

A árvore deste ano possui cerca de 21 metros de altura e pesa quase uma tonelada. Ela ficará exposta até 2028, conforme a tradição de renovar a Maibaum a cada cinco anos.

Com início às 8h, a árvore foi levada de carroça por cerca de quatro quilômetros até o local de sua implantação. Às 9h, ela começou a ser levantada. Após duas horas e meia, a quarta Maibaum foi totalmente erguida pelo trabalho e união das mais de 60 pessoas.

Amanda Kuhn/O Município

“Com organização e disciplina, a gente levanta uma árvore de 21 metros e aproximadamente uma tonelada de peso, sempre com segurança e paciência”, destaca um dos coordenadores do evento, Fabiano Siegel.

“Sensação de dever cumprido”, disse o presidente da Associação Artístico Cultural São Pedro (AACSP), apoiadora do evento, Sérgio Valle, após auxiliar a colocar a quarta Maibaum em pé.

O casal morador de Guabiruba, Daiane Hang e Carlos Alexandre Knihs, levou o filho Liam, de três anos, para prestigiar a Maibaum pela primeira vez. “É um dever cumprido com a nossa tradição, e vamos passando adiante pra ele”, conta Daiane.

Já Adriana Fischer, 47 anos, compareceu nesta edição para conhecer o evento. “Tenho vários conhecidos e amigos que participam. Eu nunca tinha assistido e sempre tive curiosidade. Achei muito interessante”, diz.

Linha do tempo

De origem alemã, a Maibaum representa fertilidade, renovação, organização e união. Idealizada em Guabiruba por Fabiano Siegel e Vandrigo Kohler após uma viagem para a Alemanha, a árvore deve ser renovada a cada cinco anos, sempre no dia 1º de maio.

“É uma tradição muito antiga, é um ritual feito para pedir por melhores colheitas no início do verão da Europa, pedir por proteção…Além de homenagear o comércio na própria árvore”, explica Fabiano.

Amanda Kuhn/O Município

“É o que a gente faz com a nossa árvore também, homenageia o que a nossa cidade [Guabiruba] tem de melhor”, completa.

Pintada em espiral de azul e branco, as mesmas cores da bandeira de Guabiruba, ela é tradição na cidade desde 2008, quando a primeira árvore foi erguida. A segunda edição ocorreu em 2013. A colocação da terceira e última Maibaum foi em 2018, mas caiu no dia 30 de outubro de 2022 após fortes chuvas.

A nova árvore deveria ter sido instalada em maio de 2023, mas foi comprometida por pragas. Após uma nova colheita em julho, a quarta Maibaum esteve em processo de secagem desde setembro de 2023.

O diretor da AACSP, Sérgio Valle, frisou a importância da edição deste ano. “É importante falar que tivemos algumas dificuldades, mas estamos aqui esse ano e a AACSP só tem a agradecer a todo o pessoal envolvido no processo do erguimento e que estão prestigiando”, diz.

Ela vai ficar plantada até o fim de 2028, quando a metodologia recomeça: em novembro, os moradores procuram a árvore perfeita, que deve ser reta e maior que a anterior. Após ser encontrada, a antiga Maibaum é retirada e o espaço fica vazio à espera da próxima.

Símbolo de trabalho e união

Erguida de forma manual, a Maibaum deve ser colocada em pé sem a assistência de máquinas, equipamentos ou guindastes, somente por pessoas e com o auxílio de duas estacas, chamadas de andorinhas, ou Schwalben em alemão.

Amanda Kuhn/O Município

A parte superior das andorinhas é amarrada com cordas firmes e pressionadas contra a Maibaum no momento da elevação.

Vários adereços enfeitam a Árvore de Maio, como as placas-símbolos, que representam as associações, famílias, profissionais e empresas, a coroa e o galo do tempo, Wetterhahn em alemão, para monitorar e proteger a cidade. Além das bandeiras de Guabiruba, do Brasil e da Alemanha.

Na edição de 2024, são cerca de 30 empresas e seis associações expostas nas placas por um artesão local, Zünfte em alemão. Elas são pintadas a mão, com tinta óleo, pela artista Wanneida Siegel.


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