Moradores de rua de Brusque usam barracas e marquises para se protegerem do frio

Para minimizar o impacto da temperaturas baixas, os andarilhos precisam improvisar

Moradores de rua de Brusque usam barracas e marquises para se protegerem do frio

Para minimizar o impacto da temperaturas baixas, os andarilhos precisam improvisar

A partir de sexta-feira, 9, a previsão do tempo indica temperaturas mínimas de até 2°C em Brusque, inclusive com geada ao amanhecer. O frio intenso, que exige proteção extra sobretudo no período da noite, é mais um obstáculo para os moradores de rua do município. Para tentarem minimizar o impacto da temperatura, eles precisam improvisar.

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Com lonas, uma das moradoras de rua, de 40 anos, elaborou um local para dormir durante os dias mais frios. Em parceria com o marido, ela criou uma espécie de barraca no terreno da antiga sede dos Correios, na avenida das Comunidades.

“Conseguimos nos proteger do sereno e ajuda a diminuir o vento. Mas mesmo assim é muito frio. E nós dois temos problema de saúde e acabamos piorando no inverno. No verão até dá para passar, mas no inverno é muito ruim”, afirma ela, que é natural de Balneário Camboriú e vive há quatro anos em Brusque.

A moradora também conta que algumas pessoas do município costumam doar roupas, cobertores e alimentos nessa época do ano. Ainda assim, no entanto, não é suficiente já que o casal divide as doações com os demais moradores de rua.

“Se o pessoal puder nos doar principalmente cobertas seria muito bom. Porque realmente passamos muito frio. É só trazer até aqui na praça e nos procurar”, afirma.

De acordo com outro morador de rua, de 33 anos e que mora em Brusque há 22 – seis deles na condição de rua -, afirma que eles recebem doações sobretudo das igrejas católica e evangélica do Centro.

Para se proteger do frio durante a noite, ele, outros três moradores e mais cinco cachorros dormem nas marquises da Galeria São José, localizada em frente à praça Barão de Schneeburg.

“Temos que dormir embaixo das marquises para nos proteger do sereno, senão o frio seria maior ainda. Também costumamos fazer um fogo pra esquentar a comida e pra ajudar a nos esquentar”, conta.

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