Uso de imóvel do Iprev por moradores de rua incomoda moradores

Vizinhos reclamam de forte cheiro de fezes; instituto estuda continuar reforma no local

Uso de imóvel do Iprev por moradores de rua incomoda moradores

Vizinhos reclamam de forte cheiro de fezes; instituto estuda continuar reforma no local

Um imóvel do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Iprev), na rua Riachuelo, no Centro de Brusque, tem incomodado alguns moradores. Isso porque, a área, que está abandonada desde o fim do ano passado, tem sido utilizada como abrigo por moradores de rua.

No entanto, o maior problema não é o local servir de moradia para estas pessoas, e sim, o que eles têm feito no imóvel. Após reclamações de vizinhos, a reportagem do jornal O Município esteve no lugar e constatou que os moradores de rua fazem suas necessidades fisiológicas em um cômodo situado aos fundos do imóvel. O cheiro forte e a sujeira causam mal estar.

O aposentado Mário Pereira, 78 anos, que tem residência próxima ao imóvel, conta que a situação tem incomodado sua família há mais de dois meses. Ele relata que a área está abandonada há mais tempo, mas que agora os moradores de rua estão “lhe aborrecendo”.

Ele diz que além de fazerem as necessidades fisiológicas no lugar, eles ficam pedindo diversas coisas aos vizinhos da rua. “Não sabemos a quem recorrer, mas precisamos que tomem alguma atitude”.

Estudo do terreno
A reportagem também entrou em contato com o Iprev, em Florianópolis, e na tarde de ontem, a Gerência de Bens do Instituto, que atua em Brusque, esteve no imóvel para analisar a situação.

Conforme a assessoria de comunicação, com a mudança na gestão do órgão no início de 2017, a reforma que estava acontecendo no imóvel foi paralisada. No entanto, agora voltarão a estudar a melhor maneira de continuar a reestruturação do local, já que o Iprev tem a intenção de finalizar os ajustes para alugar o espaço.

A assessoria diz que a primeira parte da reforma foi interna. A segunda será na parte externa, e com isso, terminaria com o problema de invasão. “Queremos viabilizar o terreno externo e deixar a propriedade segura”, diz.

Ainda conforme a assessoria, o maior objetivo do instituto é alugar o espaço para a prefeitura, e inclusive, buscarão contato com o Executivo para esse fim.

Sem interesse
Em gestões passadas, a Prefeitura de Brusque cogitou implantar um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil neste imóvel. No entanto, em setembro do ano passado, na gestão do ex-prefeito José Luiz Cunha, o Bóca, o local foi descartado pela dificuldade de adaptar o espaço para os atendimentos.

A gestão atual permanece sem interesse em locar o lugar. O secretário de Saúde, Humberto Fornari, afirma que o Caps Infantil deverá ser instalado em uma casa no bairro Primeiro de Maio, próximo ao Caps II.

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