Moradores do Limoeiro questionam o início da duplicação SC-486
População quer pagamento de indenizações. Deinfra afirma que moradores invadiram uma propriedade do governo do Estado e que obras vão continuar
Moradores do bairro Limoeiro estão insatisfeitos com os rumos da duplicação da Rodovia Antônio Heil (SC-486). As máquinas chegaram na localidade há aproximadamente um mês, mas a população local questiona o início das obras.
“A impressão que temos é que alguma coisa está errada, pois nenhum morador ou comerciante será indenizado pelos seus prejuízos. Em alguns trechos, a rodovia vai passar a menos de um metro de distância das casas e comércios, queremos uma satisfação”, diz a moradora Juliete Laurentino.
A desapropriação é a principal reivindicação dos moradores e comerciantes da localidade, já que quem terá as residências e estabelecimentos atingidos ainda não foi informado sobre o que acontecerá com suas propriedades após o avanço das obras.
A advogada da Associação de Moradores do Limoeiro, Elídia Tridapalli, afirma que o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) deveria ter realizado as desapropriações antes de iniciar as obras. “Os moradores entendem que é possível a obra acontecer desde que haja desapropriação. Estive no Deinfra, vi o processo da duplicação e constatei que tem a previsão das indenizações, mas, até o momento, o órgão não visitou nenhum morador para conversar sobre isso. Estão fazendo a obra independente das indenizações”.
Porém, o chefe de fiscalização do Deinfra, Cleo Quaresma, afirma que o processo de duplicação está seguindo de maneira correta. Segundo ele, os moradores é que invadiram uma propriedade do Estado e, por isso, não podem questionar a obra. “Aquilo é uma propriedade do Estado, teve audiência publica, assinatura do contrato para o início das obras. Agora teremos que avisar cada morador ao longo da rodovia? Não, né. O problema maior daquela comunidade é que a maioria invadiu a faixa de domínio, invadiu uma propriedade que pertence ao Estado, por isso estão preocupados”, argumenta Quaresma.
De acordo com ele, os moradores têm somente direito a indenização da benfeitoria que está em cima do terreno que não pertence a eles. “Os moradores é que precisam se inteirar da situação. Só está preocupado com a rodovia quem invadiu o terreno do Estado. A estrada vai passar de qualquer jeito. O que temos que acertar é uma maneira de não prejudicar muito os comerciantes que invadiram a faixa de domínio. Por bem ou por mal a rodovia vai sair”, diz.
Manifestação
Está agendada para esta quinta-feira, 12 de dezembro, a partir das 9h, o fechamento da rodovia Antônio Heil, nas proximidades da Appel Toalhas. Na semana passada, os moradores do bairro também fecharam a rodovia e conseguiram a paralisação momentânea das obras. “Enquanto não houver diálogo com os moradores não se consentirá o andamento da obra”, declara Tridapalli.
>> Leia matéria completa na edição desta quarta-feira, 11 de dezembro, do Jornal Município Dia a Dia