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Moradores do loteamento Dom Nelson, no Limeira, sofrem com enchentes pelo segundo ano seguido

Drenagem de ribeirão na área está nos planos da prefeitura

A chuva é um medo constante para os moradores do loteamento Dom Nelson, no bairro Limeira. Pela segunda vez em dois anos, com a água que caiu no início de dezembro, várias pessoas que vivem no local tiveram as residências inundadas.

O vereador André Batisti, o Deco (PL) foi procurado por moradores do local e realizou um requerimento solicitando que a prefeitura realize estudos com o objetivo de implantar medidas de compensação, como moratória, isenção tributária ou subsídio às famílias do loteamento Dom Nelson enquanto não for implantada uma solução definitiva às recorrentes inundações daquele local.

“É uma área complicada, qualquer chuva já alaga. Em duas oportunidades, já entrou água ali. No ano passado, em uma enchente bem grande, e no último dia 1º. Perderam praticamente tudo que tinham outra vez: colchão, geladeira, roupas. Pessoas ainda estão pagando o que compraram no ano passado e agora aconteceu tudo de novo. Por isso, pedimos esse subsídio para que eles pudessem ter uma ajuda até que o município realize uma obra que evite as enchentes”.

De acordo com moradores, cerca de 80% das famílias do loteamento foram atingidas. Eles alegam ser o bairro mais abandonado pelo poder público. Segundo relatos, quando o tempo está seco, eles precisam se preocupar com a poeira e, quando chove, com alagamentos. Além de pavimentação, a comunidade também espera pela drenagem do ribeirão Limeira.

Problemas históricos

De acordo com a diretora de captação de recursos e convênios da Secretaria de Infraestrutura Estratégia de Brusque, Cintia Rafaela Walke, a drenagem do ribeirão Limeira está incluída no financiamento internacional que o município está pleiteando junto ao Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), que está sob análise do governo federal.

Ela destaca, porém, que um estudo aprofundado terá que ser feito por conta do local onde o loteamento foi construído, que é uma área alagável. “A estrada é mais alta do que o bairro, e o bairro está na altura do ribeirão. Ele não poderia ter sido feito ali, por isso o estudo tem que ser bem feito para que não haja mais cheias lá. Como a precipitação acontece no pico do morro, quando desce a água, vem alagando tudo, não é gradativo”.

Já o secretário de Obras, Ricardo de Souza, explica que não há previsão de pavimentação das ruas do bairro, mas que a prefeitura busca molhar as vias com caminhões-pipa quando são realizadas solicitações.

“Não há pavimentação nas ruas e o maior problema lá são as enchentes, porque foi construída de forma errônea, então qualquer enxurrada acaba inundando. O município pecou na época por autorizar a construção, e agora o problema está conosco e vamos tentar resolver”.

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