Moradores do Nova Brasília sofrem com esgoto a céu aberto após rompimento de tubulação
Entre 60 e 100 metros de canos devem ser substituídos nos próximos dias
Vazamentos na tubulação de esgoto têm causado transtornos para moradores do Nova Brasília desde o ano passado. O problema se agravou há cerca de 20 dias, com a infiltração do solo e a presença do esgoto em via pública. A situação acontece na rua Luiz Rafael Flor. O limo deixado pelo acúmulo do material na pista é outro problema e, segundo relato de moradores, oferece risco para motoristas e motociclistas.
Logo nos primeiros dias do vazamento, boa parte do material foi parar no pátio da casa de Eduardo Willrich. Segundo ele, dois testes feitos por equipes do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), confirmaram ser esgoto. Segundo o coordenador técnico, Ênio Marques, a situação é acompanhada desde o ano passado e a rede danificada não pertence aos serviços prestados pelo órgão.
Além do mal cheiro gerado pelo material, a proliferação de animais no entorno da casa é outro transtorno gerado com a situação. Uma forma encontrada pelos moradores para evitar o problema foi a confecção de uma vala ao longo do terreno. Com a canalização improvisada pelo jovem e pela mãe, o material é destinado para o cordão e escorre ao longo da rua.
Na outra margem da via a situação se repete. Nela, pontos verdes de musgo marcam onde o líquido escorre. Um trecho da pista, em uma parte mais baixa do bairro, tem o esgoto saindo de partes danificadas do asfalto.
Tanto Willrich, quanto outro morador da rua, Elias Farias, atribuem parte do problema à circulação de veículos pesados no trecho. A força atingida pela água nos pontos mais altos é um agravante, segundo Farias. Ele acompanhou situação semelhante há cerca de 12 anos. Na época, lembra, o intenso trânsito de caminhões danificou a tubulação. “Água em morro assim é uma situação complicada. Ela vem com muita força e, em algum ponto, ela vai desgastar”.
Troca de canos
Desde a quarta-feira, 7, equipes da Secretaria de Obras fazem a substituição de canos em um trecho de cerca de dez metros. O local fica em um ponto mais alto de onde ocorreu a infiltração. A previsão da equipe era terminar o serviço até o fim desta semana. Um dos motivos indicados para o rompimento é a pressão gerada pela água na tubulação.
Pela avaliação do diretor geral da Secretaria de Obras, Nik Angelo Imhof, o problema na rua é gerado pelo acúmulo de problemas estruturais. Entre eles, indica a falta de tubulação armada, exigência atual, não seguida na época da instalação. Com cerca de dez anos, a estrutura não deveria estar apresentando problemas, segundo Imhof. “O problema da drenagem urbana muitas vezes não é nem a estrutura atual, mas as antigas”.
A equipe tentava encontrar a origem do problema há cerca de três meses. Estima a existência de 12 pontos problemáticos e com irregularidades no solo da rua de cerca de 400 metros. A estimativa é que entre 60 e 100 metros de tubulação devem ser trocados para tentar resolver a situação. Os serviços devem ser feitos na sequência da manutenção desta semana.