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Moradores questionam descarte de paralelepípedos pelo Samae

Autarquia afirma que não há necessidade e viabilidade de reutilizar o material

Após matéria publicada pelo Município Dia a Dia na segunda-feira, 21, sobre o alto custo do uso de paralelepípedos em pavimentações, um leitor entrou em contato com o jornal para questionar o descarte do material pelo Samae em um terreno da rua João Frederico Steffen, no bairro Steffen.

Para ele, como a pavimentação de ruas com paralelepípedo é cara, a autarquia deveria reaproveitar o material nas intervenções que realiza. Ainda segundo o leitor, há cerca de dois anos o Samae deposita quantidades consideráveis de paralelepípedo no local.

“É tanto paralelepípedo que eles já descartaram lá que daria para calçar dezenas de ruas. Eu fiquei indignado quando vi porque podiam reaproveitar. Muito material já foi aterrado lá. Hoje se vê pouco, mas já dava para se ver muito mais”, conta o morador, que prefere não se identificar.

Segundo um leitor, o Samae deposita quantidades consideráveis de paralelepípedo no local / Foto: Divulgação

A reportagem entrou em contato com a diretora-presidente da autarquia, Fabiana Dalcastagné, para esclarecer o descarte. De acordo com ela, o paralelepípedo colocado no terreno não é reaproveitado porque ele é retirado juntamente com o asfalto.

“O paralelepípedo que colocamos lá é o que já estava embaixo do asfalto. São das ruas que o material asfáltico foi colocado sobre o paralelepípedo. Então quando vamos retirar para fazer alguma intervenção, todo o material vem junto, areia, asfalto e paralelepípedo e não há necessidade de reutilizar porque é uma sobra”, explica.

Fabiana também reitera que quando o Samae realiza alguma intervenção em ruas que têm apenas paralelepípedos ou lajotas e pavers, a equipe reutiliza o material no mesmo local.

Obras

Assim como o Samae, a Secretaria de Obras também reutiliza os paralelepípedos quando faz alguma obra nas ruas do município. Entretanto, o órgão retira o material de um local e o utiliza em outro.

“Nós levamos para o depósito e depois usamos para conserto ou cedemos para os moradores. Recentemente, o paralelepípedo da rua Bulcão Viana nós retiramos e levamos para a Usina de Asfalto já que era grande quantidade. Mas geralmente guardamos na própria Secretaria de Obras”, explica o titular da pasta, Marcelo Pavan.