Moradores reclamam da demora na entrega de correspondências
O problema iniciou nos últimos três meses - mesmo período em que os carteiros sofreram baixa no quadro de funcionários
O problema iniciou nos últimos três meses - mesmo período em que os carteiros sofreram baixa no quadro de funcionários
Ao mesmo tempo em que os funcionários dos Correios paralisam as atividades em razão, especialmente, da falta de efetivo, moradores do município reclamam do atraso ou da falta de entrega das correspondências. O problema, na maioria dos casos, iniciou nos últimos três meses – mesmo período em que os carteiros sofreram baixa no quadro de funcionários.
O Procon de Brusque registrou, de janeiro a ontem, quatro reclamações relacionadas aos trabalhos prestados pela empresa. Dos quatro registros, três referem-se a atrasos e um refere-se à falta de entrega. O número, de acordo com o diretor do órgão, Luis Carlos Schlindwein, é considerado baixo. No ano passado, 10 reclamações vinculadas aos Correios chegaram ao Procon.
“O ideal em relação às reclamações é que a pessoa tenha o primeiro contato direto com a Ouvidoria dos Correios. Porque com isto, libera um protocolo, e esse protocolo auxilia o Procon a realizar o atendimento. Isso também ajuda a informar os Correios a respeito dos problemas que estão ocorrendo”, explica.
O administrador Walter Stolf não entrou em contato com a Ouvidoria dos Correios, porém, dirigiu-se diretamente à agência do Centro para entender o motivo dos atrasos na entrega das correspondências, tanto em casa quanto na empresa na qual é proprietário. Na empresa, localizada no Centro, as cartas atrasam há quatro meses. Na residência, localizada no Santa Rita, atrasam há três; inclusive, neste mês, algumas ainda não chegaram.
“É complicado, porque estou tendo que pagar o telefone sem as faturas, então tenho de sempre pagar uma taxa por estar sem o documento. O valor não é problema, o problema é que eles deveriam fazer o trabalho correto. E quando eu vou até os Correios para tentar contornar a situação, não dá certo. Eu deixo o meu endereço e o meu telefone, mas eles não retornam”, lamenta.
Daniela Tórmena enfrenta o mesmo problema de Stolf. Há dois meses as correspondências chegam atrasadas na casa da recepcionista. Moradora do bairro Santa Terezinha, ela afirma que precisa imprimir as faturas do cartão para não correr o risco de pagá-las depois do vencimento.
“As faturas de celular também chegam atrasadas. Este mês eu ainda não recebi a fatura. E não é só comigo essa situação, na casa do meu namorado também, e ele mora no bairro São Luiz. É bem complicado, porque precisamos ir atrás das faturas, seja nas lojas ou pela internet. A fatura do cartão do meu namorado do mês passado vencia dia 10 e chegou apenas dia 20”, conta.
O assessor de imprensa dos Correios, Genésio da Silva, admite que há problemas com “ausências pontuais” de trabalhadores. Para cobri-las, a empresa contrata mão de obra temporária. Porém, estas contratações “não se dão com a velocidade” desejada. Além disto, ele diz que o município apresenta problemas na numeração das ruas, tanto pela falta de números quanto pela sequência irregular.
“Isso causa demora na entrega quando ocorre a troca do carteiro. Impacta na produtividade. Temos feito o devido acompanhamento e todo empenho no sentido de estabelecer a normalidade, contudo, os itens aqui relatados precisam ser superados pelos cidadãos a fim de operarmos com a devida padronização e produtividade”, diz.