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Moradores reclamam de atendimento para receber benefício de cesta básica em Brusque

Secretário de Desenvolvimento Social, Leandro Hyarup se manifestou sobre as reclamações

Moradores de Brusque entraram em contato com o jornal O Município nesta semana para realizar reclamações quanto ao serviço de cestas básicas, administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Social de Brusque.

Segundo as reclamações, pessoas estariam sendo impedidas de marcarem horários para as reuniões de cadastramento, que permitem com que as famílias necessitadas tenham acesso ao benefício.

“Antigamente não era preciso agendar, era só chegar lá. Quando entramos em contato, eles dizem que as agendas estão fechadas para o mês de junho e julho, mas a fome e o frio não esperam”, critica uma moradora, que preferiu se identificar.

Em outra reclamação, uma moradora também questionou a demora do atendimento. Ela alega que marcou horário em abril e que só será atendida em julho. “Eu e meu filho estamos precisando de cobertor e não consegui pegar”, diz.

Secretaria se manifesta

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social de Brusque, Leandro Hyarup, a agenda de junho e julho está ocupada e a de agosto, por estratégia, ainda não foi liberada. 

“Como vamos avançar para agosto e ficar distante do atendimento, usamos nossa experiência. Esse tipo de prática gera desistência e esquecimento por parte das famílias, pois o atendimento fica marcado para meses depois. Se marcarmos com quatro meses de antecedência, a chance de o usuário não comparecer na reunião é grande”, justifica o secretário.

Ainda segundo Leandro, outro problema é o desperdício de tempo do profissional que realiza o atendimento.

“Quando chegar mais próximo do final da agenda de julho, vamos começar a puxar e remarcar quem ainda precisa de atendimento. Essa situação acontece pois a procura pelo benefício triplicou. Estamos nos deparando com isso desde que começou a política do cartão cesta básica”, finaliza.

O secretário afirma que está havendo uma incidência muito grande de migrantes, até de maneira descontrolada, que tem chegado em estado de vulnerabilidade e já procurando os benefícios.

Por esse motivo, segundo ele, é que está havendo uma fila de espera tão grande, muito além do que foi previsto no inicio do ano. “Há um limite de atendimento e um limite orçamentário da prefeitura, há um limite e estamos respeitando esse limite”, diz.

Atualmente, é possível para a prefeitura fazer 120 atendimentos diários, e são entregues, em média, 1,1 mil a 1,4 mil cartões cesta-básica por mês.

Questionado se existe previsão de aumentar a quantidade de atendimentos, o secretário diz que isso não está nos planos. “Estamos trabalhando para combater a demanda com políticas de reinserção dessa família à condição de autonomia. A ideia é diminuir a busca e não aumentar o atendimento”, afirma.

Em relação ao frio, o secretario informou que doações de roupas não são feitas fora dos períodos de campanha do agasalho, atualmente, não existe uma política constante que faça essa ação.

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