Moradores reclamam de imóvel do Iprev abandonado
De acordo com vizinhos do local, casa é usada constantemente como ponto de consumo de drogas
De acordo com vizinhos do local, casa é usada constantemente como ponto de consumo de drogas
Os vizinhos do imóvel que abrigou o Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Iprev) até 2012 estão preocupados com a falta de cuidados e a má conservação do local. Segundo uma moradora da rua Riachuelo – onde está localizado o imóvel – que preferiu não se identificar, a situação do local é precária. “A casa está abandonada, o mato toma conta, tem proliferação de ratos e baratas”, diz.
Ela ainda afirma que o imóvel é frequentemente invadido por moradores de rua ou jovens que vão até o local para consumir álcool e drogas. “Moro perto e sempre vejo essas pessoas usando a casa para se drogar. Na maioria das vezes, são jovens. Eu acho que o governo deveria dar mais atenção para a casa, que é bem no Centro da cidade e deixa a rua feia. Se não podem cuidar, deveriam vender ou alugar para que ela seja ocupada”.
O diretor de Gestão de Recursos Previdenciários do Iprev, Marcelo Panosso Mendonça, reconhece a falta de manutenção e os consequentes problemas do imóvel. “Obviamente, um imóvel abandonado sempre é atrativo. O interior do imóvel eles não invadem, apenas o pátio. Já recebemos denúncias sobre isso, fomos até o local, fechamos as aberturas que eles danificaram na tentativa de adentrar o imóvel, limpamos e sanamos o problema, mas você vira as costas e na mesma noite já começa a movimentação”, diz.
De acordo com ele, devido a esses problemas, o Iprev solicitou que fosse feito um projeto de reforma do local para viabilizar que o imóvel entre numa possível lista de locação. “Queremos que alguém ocupe o imóvel para inibir essa situação. No entanto, a reforma demanda recursos, e neste momento, isso não é a prioridade do estado. Como sabemos que não temos condições de fazer uma reforma imediata, vamos providenciar uma solução temporária. O imóvel de Brusque está na lista para ser reformado e entrar para o processo de locação”, destaca.
Mendonça afirma que será feito o fechamento da frente do imóvel para evitar novas invasões. “A ideia é fazer o fechamento com um material resistente. Não adianta ser tapume porque darão um jeito de derrubar. Então a solução é fazer algo em alvenaria”.
Sobre a falta de limpeza no imóvel, o diretor explica que, muitas vezes, o órgão não dá conta de fazer a manutenção adequada. “Procuramos fazer a limpeza com frequência, mas vegetação é uma coisa que cresce em dois meses, e muitas vezes, como não é o único imóvel, a verba que podemos usar para contratar sem licitação se extingue antes do próximo retorno”.