Moradores reclamam do corte de árvores no Jardim Maluche, em Brusque; Secretaria de Obras se manifesta
Associação alega que o local é de preservação ambiental
Associação alega que o local é de preservação ambiental
A Associação de Moradores do bairro Jardim Maluche (Amasc), em Brusque, está insatisfeita com uma derrubada de árvores feita pela prefeitura nesta quinta-feira, 8.
Segundo a associação, as plantas estariam em uma área de preservação ambiental, portanto, o corte seria uma ação proibida. A espécie em questão é o guapuruvu, árvore da família das fabáceas.
De acordo com o engenheiro agrônomo Juliano Piske, os moradores plantaram as mudas no local errado.
“É lamentável, pois são plantas que se desenvolvem no interior da floresta, já que sua madeira é mole e macia, muito utilizada para construção de canoas. Quando elas estão em local aberto, como ali no Maluche, ela corre o risco de quebrar com ventos fortes e causar acidentes. Era inevitável o corte”, diz o engenheiro.
Segundo nota feita pela Amasc, assinada pelo presidente Cleiton Tomaz, o que ocorreu no local foi um crime ambiental.
“O que foi feito ali não se trata de uma poda de árvores, mas sim um desmatamento. O poder público alega que havia fios de eletricidade, porém as fotos deixaram claro que não passa rede elétrica no local”, disse Cleiton.
Ainda de acordo com Cleiton, foi um morador local que informou que as plantas estavam sendo cortadas. A Amasc acionou a secretaria de Obras para entender o que estava acontecendo.
“O bosque do Garapuvu é considerado desde 2016 uma Área de Relevante Interesse Ecológico. A nossa entidade tem como objetivo, ajudar a prefeitura a monitorar para que essas e outras situações parecidas não ocorram. Porém, o poder público, sem qualquer aviso prévio, foi lá e derrubou várias árvores, dentre elas garapuvus que denominam o nome do bosque”, diz.
“Partindo deste princípio, acionamos através de ofícios, os órgãos competentes e aguardamos respostas para tal situação. Além disso, esperamos que os responsáveis sejam devidamente penalizados por tal agressão ao meio ambiente”, conclui o presidente.
Segundo Ana Helena Boos, superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) de Brusque, o pedido da poda das árvores partiu da Celesc. A alegação é de que as plantas colocavam em risco a rede elétrica do local.
Ricardo de Souza, secretário de Obras de Brusque, confirma a informação. Ele diz ainda que as autorizações seriam emitidas pela Fundema, porém, o órgão estava mudando de locação.
Com isso, a Defesa Civil foi até o local e fez um relatório, que identificou perigo e que indicou o corte. A ação foi realizada pela secretaria de Obras.
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