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Moradores relatam problemas em condomínio do Minha Casa Minha Vida no Cedrinho

Vereador solicitou informações do Executivo sobre responsabilidade na fiscalização no local

Com 320 apartamentos divididos em 20 blocos, o conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida, programa do governo federal, passa por problemas relacionados à fiscalização estrutural. De acordo com o síndico interino Jorge Luiz Knihs, que mora há 9 anos no local, a principal situação enfrentada são os impactos financeiros causados pelos apartamentos abandonados.

“Hoje, existe o total de 34. Os apartamentos geram um imenso transtorno financeiro para todos os moradores. Taxas de água, gás e outros gastos gerais, como portaria, energia, limpeza e manutenção tiveram que ser divididos entre todos os moradores”, relata.

Jorge explica que a quantidade de apartamentos abandonados gerou uma série de transtornos e atritos entre proprietários. “Além de um grande atraso nas manutenções vitais, deixando o condomínio sempre operando apenas com o mais básico possível para se manter. Hoje, essa dívida passa de R$ 600 mil”, relata.

Divulgação

O síndico interino ainda afirma que outro problema é a falta de ajuda da prefeitura em reparos no condomínio.

“Já foi pedido a troca dos brinquedos do parquinho, do campo de areia que ainda aguarda por mais areia e rede de voleibol. Algumas lâmpadas também necessitam ser trocadas e o condomínio não dispõe de equipamento para trabalho em altura. Também os aparelhos de academia das praças foram retirados pela prefeitura há meses e não foram mais recolocados”, continua.

Além disso, Jorge comenta que o condomínio pede ajuda da prefeitura para lidar com os barracos de madeira feitos fora da cerca do conjunto habitacional. Ele explica que moradores insistem em fazer festas com som alto e consumo exagerado de álcool, que resulta em diversas brigas.

Divulgação

“A prefeitura já fez a retirada desses barracos, mas foram erguidos sem autorização da direção do condomínio. Tendo em vista isso a ação da prefeitura teria que ser mais enérgica. Também, pelo fato da bagunça feita fora das cercas do condomínio gerar riscos à saúde como a proliferação de focos de dengue”, completa.

O síndico interino também relata que no local há vários animais abandonados dentro do condomínio. ”Esses animais andam por entre os blocos fazendo suas necessidades dentro e fora das dependências do bloco, o que causa sujeira e mau cheiro e gera diversos riscos à saúde de todos os moradores”, diz.

Outra questão apresentada por Jorge é a estátua na frente do condomínio, que atrapalha a visão do porteiro. Ele explica que o profissional precisa observar o adesivo nos veículos que indica ser um morador. Quem não tem o adesivo, precisa se apresentar na portaria para entrar como visitante.

“Precisamos de uma resposta rápida da prefeitura, o condomínio está sobrevivendo, não está no auge. Precisamos trabalhar em conjunto, será melhor para nós e para a prefeitura, com menos reclamações e mais elogios”, finaliza.

Pedido de informações

Após realizar visitas ao condomínio, o vereador André Vechi fez um pedido de informação para a prefeitura. Os questionamentos são relacionados a fiscalização e gestão do condomínio, já que faz parte de um programa do poder público.

Ele também aponta que outra questão é a sublocação. Ou seja, quando o beneficiário se muda do apartamento e coloca o mesmo para alugar.

“Os beneficiários são de baixa renda, eles não podem sublocar. Não pode cobrar aluguel e colocar um terceiro lá dentro. E também tem casos de invasões, tem gente que consegue um imóvel melhor, sai do apartamento e o local é invadido. Outra questão é que, nos casos do tráfico de drogas, a gente quer saber quem resolve isso. Para podermos repassar as informações”, conta.

O prazo para o Executivo responder o vereador se encerra na próxima semana. O jornal O Município entrou em contato com a secretaria de Desenvolvimento Social, mas não obteve resposta até o fim desta edição.


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