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Morre Lauro Búrigo, primeiro treinador da história do Brusque, aos 83 anos

"Velho Bruxo" faleceu em Florianópolis na noite desta quarta-feira, 24

Lauro Búrigo, o primeiro técnico da história do Brusque, faleceu nesta quarta-feira, 24, vítima de uma parada cardiorrespiratória em decorrência de um câncer. Ele estava internado na UTI do Hospital Baía Sul, em Florianópolis.

O “Velho Bruxo”, como era conhecido, nasceu em Cocal do Sul, no Sul catarinense, em 18 de março de 1936. Foi um personagem marcante no futebol do estado, acumulando histórias e causos folclóricos em suas passagens por diversos clubes.

A carreira de Búrigo foi feita em Santa Catarina, com exceção das passagens por Athletico,  Coritiba e Londrina. Começou no Comerciário (atual Criciúma), e, além do Brusque, treinou, em Santa Catarina, Carlos Renaux, Paysandú, Metropol, Ferroviário, América de Joinville, Juventus de Jaraguá, Figueirense, Internacional de Lages, Palmeiras de Blumenau, Marcílio Dias, Joinville, Avaí, Hercílio Luz e Chapecoense. Após a carreira de técnico, tornou-se comentarista esportivo.

Conforme a retrospectiva de 1988 escrita por Nilson Costa na edição de 2 de dezembro daquele ano em O Município, Búrigo acumulou cinco vitórias, um empate e três derrotas. Um ano antes, treinava o Hercílio Luz, e foi o responsável pela contratação de ninguém menos que Waguinho Dias, hoje técnico do Brusque.

“Conheci todas suas histórias, seu folclore. Conversávamos muito. Ele me pedia para que eu pudesse indicá-lo para assumir algum clube do futebol paulista, que sempre foi forte. Ele sempre me tratou muito bem, eu falava de vez em quando com ele atualmente. Quando fui receber meu prêmio, nas premiações do Campeonato Catarinense, nós nos encontramos. Ele estava muito lúcido, se lembrou de como foi minha contratação, foi muito legal. Gostei muito do momento, foi muito legal.”

Entre as marcas do Velho Bruxo, está a de técnico que mais vezes disputou o clássico entre Figueirense e Avaí. Foram 50 partidas, sendo 41 comandando o Furacão do Estreito e nove à frente do Leão da Ilha. Em 31 anos de carreira, conquistou o Campeonato Catarinense nove vezes, e foi vice-campeão em oito oportunidades.

Ele deixa três filhas e um filho. Ele foi velado na manha desta quinta-feira, 25, no Cemitério do Itacorubi, em Florianópolis. O sepultamento será realizado às 16h30.