Mortes de Covid-19 caem 84% em Brusque em 2022; infectologista avalia cenário
Mês que mais registrou mortes associadas ao coronavírus foi fevereiro
Mês que mais registrou mortes associadas ao coronavírus foi fevereiro
Entre 1º de janeiro e 16 de dezembro, foram registrados 36 mortes por conta da Covid-19, número muito abaixo do registrado em 2021, quando 225 pessoas faleceram por conta da doença. O número representa uma queda de 84% dos óbitos em 2022. Desde o início da pandemia, a cidade registrou 365 mortes relacionadas à doença.
Os dados são do Painel de Casos de Covid-19 do Governo de Santa Catarina. O mês que mais registrou mortes associadas ao coronavírus foi fevereiro, quando 14 pessoas morreram. Apesar do alto número no mês, em segundo lugar ficou janeiro, com cinco óbitos.
Ao longo do ano, o número de mortes diminui cada vez mais, sendo que após agosto a cidade registrou três óbitos. Um cenário diferente do mesmo período do ano passado, quando foram 30 mortes.
Para o médico infectologista Ricardo Alexandre Freitas, o que explica a queda drástica do número de internações e óbitos é por estarmos em outra situação epidemiológica. “É outro vírus, não é mais aquela cepa original, que muitas pessoas foram vacinadas. A gente chegou a quase 82% de vacinados no Brasil, e isso fez que se diminuísse aquela infecção do vírus original. Agora, estamos com outra variante, outra cepa do vírus original que felizmente é menos grave, com sintomas mais leves e que não levam a óbito”, explica.
A primeira morte de um morador de Brusque pela doença foi registrada em julho de 2020. Desde então, todos os meses contavam com ao menos um óbito pelo coronavírus. Porém, setembro deste ano foi o primeiro a não ter nenhuma morte contabilizada, assim como outubro.
“O número de óbitos caiu bastante e os números de casos tendem a ter ciclos, como tivemos na pandemia. Esses ciclos devem continuar acontecendo, talvez com um espaço maior entre eles, e com cada onda durante dois meses”, completa Ricardo.
O médico infectologista também comenta que, com o tempo, surgiram novos medicamentos para a Covid. Além disso, Ricardo ressalta que há também uma nova vacina que deve aparecer no mercado especificamente para as variantes recentes.
“A situação é muito mais diversa, além do que o nosso sistema imunológico já começa a conhecer o vírus, que não é mais tão desconhecido, apesar das variantes. Isso faz com que consigamos fazer uma defesa melhor e mais adequada, para que não tenhamos uma infecção tão grave como tivemos em 2020 e 2021”, detalha.
“À medida que os meses vão passando, dentro desta condição epidemiológica em que vivemos, certamente cada dia será melhor, a ponto de que daqui a pouco passam a viver com a Covid-19 como vivemos com a H1N1. Ou seja, bem tranquilo e com pouquíssimos casos graves”, finaliza.
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