Motel é interditado após Vigilância Sanitária encontrar sujeira, ratos e baratas
Equipe do órgão esteve no local após reclamações de clientes
Equipe do órgão esteve no local após reclamações de clientes
Desde o começo de março, o motel Íris, na rodovia Ivo Silveira, no bairro Bateas, segue interditado pela Vigilância Sanitária. Após reclamações do local, uma fiscalização foi realizada e ficou constatado que os quartos estavam bastante sujos, com os carpetes cheirando a mofo, fossa entupida e o esgoto escorrendo para um bambuzeiro. Além da presença de ratos e baratas.
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A coordenadora da Vigilância Sanitária, Clotilde Imianowsky, relata que foram solicitados mais de 20 itens para reparos, sendo que alguns devem ser realizados imediatamente e outros receberam prazos. “Solicitei um cronograma das necessidades de prazos deles, para aprovar ou não. E a partir disso, só reabrirá se realmente a parte mais urgente tiver sido concluída. A outra parte, nossa equipe ficará acompanhando para ver se farão ou não. Caso negativo, será interditado novamente”, informa.
Entre os principais problemas encontrados no motel, Clotilde destaca a falta de higienização. Ela esteve no local com os fiscais e relata que o carpete tinha cheiro de ‘cachorro molhado’. Além dos problemas com as cortinas, camas e a necessidade de trocar o carpete por pisos. “Se estão oferecendo alguns minutos de lazer, então que seja pelo menos digno”, analisa.
O proprietário do estabelecimento, Pedro dos Santos Bittencourt, 67 anos, afirma que o local estava com diversos problemas, especialmente no que diz respeito à limpeza. Com a interdição, ele conta que pensou em fechar o motel depois de mais de 30 anos. “Somos o segundo motel mais antigo da cidade, por isso meus filhos não deixaram, por questão de tradição da família”, diz.
Bittencourt revela que já iniciaram algumas reformas no local, como pintura de alguns quartos que estavam mais necessitados, troca dos carpetes, cortinas e limpeza. O motel conta com 15 quartos, porém apenas oito deles estavam funcionando antes da interdição. De acordo com o proprietário, alguns eram para uso interno dos funcionários. “Agora vamos fazer a manutenção de um lado para podermos reabrir. Depois faremos a outra parte, pois não temos recursos suficiente para fazermos tudo de uma só vez”.
Após a grande reforma do motel, Bittencourt informa que repensarão a forma de trabalhar. Atualmente, o estabelecimento já não oferecia os serviços de cozinha e nem bebidas alcoólicas, para evitar problemas. Agora, a intenção do proprietário é oferecer o atendimento apenas durante o dia. “Devido a interdição, precisei demitir todos os funcionários. E já era complicado pessoas para trabalhar durante a noite. Então, junto com meus filhos, vamos analisar a questão do atendimento”, comenta.
Até o momento, Bittencourt informa que não sabe precisar uma data para reabertura do motel, mas assim que finalizarem os reparos, os clientes deverão ser informados.