Motorista envolvido em acidente que causou mortes na rua Gustavo Halfpap se apresenta à Polícia Civil

Lorival da Rocha diz que encostou na traseira do veículo onde estavam Fabiano Bonetti e Ronivaldo Fritzen na madrugada de sábado, 9

Lorival da Rocha, 38 anos, se apresentou na tarde desta quarta-feira, 13, na delegacia de Polícia Civil de Brusque, acompanhado de um advogado. Ele é acusado de ter provocado o acidente de trânsito na madrugada de sábado, 9, que matou o motorista do Honda Civic, Fabiano Bonetti, 33, e o passageiro Ronivaldo Fritzen, 31, na rua Gustavo Halfpap, no Centro 2. No momento do acidente, ele dirigia um caminhão furgão.

O delegado Juscelino Carlos Boos interrogou Rocha, que admitiu ter encostado na lateral traseira do Civic pouco antes da colisão contra um prédio. Segundo o relato do acusado, ele encontrou o Civic logo no início da rua Gustavo Halfpap, momento em que o motorista começou a dar sinal de luz para tentar ultrapassá-lo. Mais adiante, ele realizou a ultrapassagem. Logo depois, Rocha também tentou ultrapassar o Civic, quando encostou na traseira. Porém, como achou que a situação não fosse tão grave, foi embora. De acordo com ele, os dois veículos não estavam em alta velocidade.

O delegado afirma que as investigações continuarão, pois há diversas informações, testemunhas e provas que contradizem a versão de Rocha. “Estamos trabalhando com a hipótese de homicídio doloso, com dolo eventual. Ou seja, ele não quis aquele resultado, mas pelas ações assumiu o risco da morte”, explica.

Desta forma, Boos diz que não trabalha com a possibilidade prevista no artigo 302 do Código de Trânsito: a de homicídio culposo, em que há imprudência ou negligência na ação, sem intenção de matar. O delegado afirma que investiga se Rocha teria se ofendido com o motorista do Civic – por causa da luz alta e da ultrapassagem -, como alega testemunha, e por isso foi atrás para ultrapassar de novo, com o objetivo de colocar pressão.

Uma testemunha ouvida pelo delegado relatou que Rocha teria dito ainda que conseguiu ultrapassar o Civic porque o seu caminhão é “turbinado”. O delegado pede a colaboração das pessoas que possam ter visto os motoristas do Civic e do caminhão momentos antes do acidente.

“Precisamos provar algumas informações recebidas e confrontar com as imagens de câmeras de segurança também. Todas as informações são sigilosas e o nome das testemunhas não serão revelados”, diz Boos.

Se o homicídio doloso não for comprovado, o delegado garante que, no mínimo, Rocha provocou um acidente de trânsito com mortes e, em último caso, poderá se enquadrar em homicídio culposo, agravado por não ter prestado socorro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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