Motorista que causou acidente com sete mortes próximo à divisa do Paraná com Santa Catarina é liberado
Quatro vítimas eram de Itajaí e estavam em um mesmo carro
O motorista do caminhão que matou sete pessoas num acidente na BR-376, próximo à divisa do Paraná com Santa Catarina, foi liberado na manhã desta sexta-feira, 9 de novembro, após pagar fiança.
Paulo Roberto de Oliveira Santos, 39, é acusado de homicídio culposo (sem a intenção de matar). Na tarde de quinta-feira, 8, ele dirigia um caminhão carregado com telhas, em direção ao Rio Grande do Sul, quando perdeu o controle do veículo e atropelou sete carros.
Dois deles pegaram fogo – e três vítimas morreram carbonizadas. Os corpos estão no IML de Paranaguá (litoral do Paraná) e só poderão ser identificados por meio de exames de DNA, tamanha a intensidade do incêndio.
Os outros quatro mortos estavam num carro que foi reduzido a pedaços depois do impacto. Eles eram Joel da Silva, 35; Paulo Sérgio Nehues, 41; Rodrigo Antunes de Jesus, 29; e Urubatam Barbosa Maia Vasconcelos, 70.
Segundo o IML, todos moravam em Itajaí (litoral norte de Santa Catarina). Seus corpos foram encaminhados ao IML de Curitiba e reconhecidos pelas famílias na manhã de sexta.
Além das sete vítimas fatais, outras sete pessoas ficaram feridas. Apenas uma, no entanto, permanecia internada na tarde de sexta-feira, com suspeita de fratura na coluna cervical.
Freio
Santos, que disse ter faltado freio no caminhão, foi autuado em flagrante e passou a noite preso. Ele foi solto depois que o patrão, que era dono do caminhão, pagou a fiança de R$ 3 mil.
O delegado que investiga o acidente, Lucio Lugli, disse que o motorista teve de ser medicado para prestar depoimento, devido a seu estado mental, e que estava “muito abalado” com o ocorrido.
Uma perícia vai indicar se o caminhão que provocou o acidente teve ou não problemas mecânicos. Ainda na quinta-feira, o inspetor da polícia rodoviária Márcio Nascimento afirmou que os discos do tacógrafo do veículo estavam vencidos.
– Pelo que se constatou, o motorista habitualmente trafegava em alta velocidade – disse Nascimento.
Por Estelita Hass Carazzai
Fonte: Folhapress