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Motoristas agem com cautela na contratação de seguros

No entanto, corretores de Brusque afirmam que mercado está estável, apesar da crise

A situação econômica do país força uma mudança de hábito na população. Na hora de contratar um seguro para o carro, o proprietário acaba pesquisando muito mais antes de fechar negócio. Essa é a realidade do mercado, de acordo com os corretores de seguros, já que hoje, o valor final é o que determina a contratação desta ou daquela franquia.

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“O cliente está pensando muito antes de fazer. Pede cotação e não fecha na hora, como acontecia antes”, destaca Luciana Cristina Erbrecht, do departamento de vendas da Zucco Seguros.

O sócio-diretor da Belli/Áthina Corretora de Seguros, Vilson José Schneider, também percebe este comportamento dos motoristas. “Percebe-se que o consumidor não correu do seguro, o que notamos é um cliente mais pesquisador, muito mais atento aos preços”, diz.

Cândida Rodrigues, da Águia Corretora de Seguros, afirma que apesar da economia difícil, o mercado continua estável. “As pessoas veem que tem mais necessidade de ter o seguro para proteger os seus bens, por isso, continuam fazendo”, afirma.

O valor final do seguro veicular leva em conta uma série de fatores. Proprietários com o mesmo veículo podem pagar valores diferentes. De acordo com Schneider, o perfil do proprietário é determinante para o valor do seguro.

“O mesmo carro para pessoas diferentes vai ter preços diferentes. Quanto mais nova a pessoa, a tendência é o seguro ser mais caro, em função do tempo de carteira, da experiência”, afirma.

As seguradoras também levam em conta o endereço do proprietário, o estado civil e o sexo. “Na cotação, é preciso todos os dados pessoais do segurado. As seguradoras precificam por cidade, bairros, de acordo com índices de furtos e acidentes da região. Se o consumidor mora em casa, o valor já será mais alto do que quem mora em apartamento, porque as seguradoras consideram apartamentos mais seguros”, destaca Luciana.

Ela lembra ainda que o seguro para mulheres é mais barato do que para os homens. “Pesquisas mostram que o índice de acidentes com condutoras mulheres é muito mais baixo, mulheres são mais cuidadosas, por isso, o valor é menor”.

Schneider revela também que o modelo do veículo também contribui para o valor do seguro. “Dependendo da sinistralidade de cada veículo pode ficar mais caro ou barato. As seguradoras têm levantamento dos carros que sofrem mais acidentes e também os que são mais furtados e conforme esse levantamento, precificam o seguro”.

Devido a isso, não há como especificar qual veículo e modelo tem o seguro mais barato. “O valor do seguro depende muito do modelo e ano do veiculo, e não tem como especificar exatamente qual o veiculo que será mais barato ou mais caro, pois depende de taxas mensais dentro da seguradora, perfil e coberturas contratadas”, ressalta Cândida Rodrigues, da Águia Corretora de Seguros.

O seguro básico cobre colisão, roubo e incêndio. Há também cobertura contra terceiros, para passageiros, assistência 24 horas e danos morais.