Motoristas habilitados recorrem a aulas particulares para se sentirem mais seguros no trânsito

Falta de prática e medo de dirigir sozinho são alguns dos motivos que levam os motoristas a procurarem o serviço

Motoristas habilitados recorrem a aulas particulares para se sentirem mais seguros no trânsito

Falta de prática e medo de dirigir sozinho são alguns dos motivos que levam os motoristas a procurarem o serviço

Muitas pessoas tiram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas por algum motivo, não se sentem seguros para enfrentar o trânsito após terem o documento em mãos. Observando a necessidade de atender este público, o instrutor de direção veicular Alexandre Hasse, desde o ano passado se dedica a dar aulas práticas para motoristas já habilitados.

“Sempre trabalhei como instrutor e vi essa necessidade. As autoescolas são focadas na primeira habilitação, então não conseguem dar muita atenção para este público já habilitado”, diz.

Ele afirma que a necessidade dos clientes que o procuram são as mais variadas, vão desde a falta de prática até traumas. “São pessoas de idades diferentes que precisam de um suporte maior na hora de dirigir”.

Hasse afirma que durante o curso, as aulas são focadas em fundamentos que não são muito realizados nas autoescolas. “A autoescola foca muito no que vai acontecer na prova, e não tem porque não focar. Tem dois momentos, o da prova e o momento seguinte, onde precisa ter maior treinamento para que possa dirigir com mais segurança”.

O instrutor ressalta que faz as aulas de acordo com a necessidade do cliente, por isso, a rodovia é muita utilizada, além de treinamento na garagem do aluno e também com o carro próprio.

“Muitos acidentes acontecem nas garagens porque é um ambiente que o motorista não treinou, é muito particular. Outro diferencial é que o cliente pode treinar no seu próprio carro, isso faz toda a diferença”.

Segundo ele, as aulas têm uma hora de duração e a quantidade é de acordo com a necessidade de cada cliente.

“Nosso trânsito hoje está equivalente ao de uma cidade grande, temos 120 mil habitantes e 85 mil veículos, para cada três pessoas, são quase dois veículos. Então é normal que os recém-habilitados se sintam retraídos quando vão entrar no trânsito. Buscar ajuda sempre é a melhor saída”.

Muito tempo sem dirigir
Em Brusque, os Centros de Formação de Condutores (CFCs) recebem todos os meses motoristas buscando se aperfeiçoar, mesmo já habilitados. A diretora de ensino da Autoescola Lideral, Susana Nascimento, destaca que há uma boa procura por este serviço no CFC.

De acordo com ela, geralmente, são pessoas que tiraram a habilitação, mas como não possuíam veículo próprio, ficaram muito tempo sem dirigir. “A maioria são pessoas que compraram carro e como não praticaram, se sentem inseguras”, diz.

Na autoescola Diplomata, o instrutor Teodoro Pereira Filho afirma que são poucos os que retornam para fazer aulas extras. Segundo ele, o motorista marca uma aula, onde é avaliado pelo instrutor, que define quantas aulas são necessárias para ele se sentir mais seguro no trânsito. “O instrutor faz essa avaliação e trabalha as principais inseguranças do motorista”.

O proprietário da autoescola Marquezan, Célio Marquez, destaca que o CFC tem procura todos os meses para aulas particulares. “Trabalho há 30 anos neste ramo, sempre teve e sempre vai ter pessoas voltando para a autoescola para se sentirem mais seguros”.

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