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MP-SC investiga acusação de fraude em processo seletivo do Samae

Denúncia é de que diretor da autarquia nomeou apadrinhado político que ficou em último lugar no certame

O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) está investigando denúncia de que o diretor-presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae), Roberto Bolognini, o Betinho, burlou a classificação de um processo seletivo realizado pela autarquia, com objetivo de contratar um apadrinhado político, que ficou em último lugar no certame.

A mesma denúncia também serviu para embasar o requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Brusque, segundo confirmaram vereadores que propuseram o requerimento.

Segundo narra a representação, o Samae realizou um processo seletivo simplificado para diversos cargos, no começo deste ano. Uma das vagas era para o cargo de agente de ETA (estação de tratamento).

Narra a denúncia que, quando a classificação do concurso foi divulgada. Neuton Maurício Hoffmann ficou como último colocado no certame, conforme comprovam documentos da prefeitura.

Pouco tempo depois, ele foi chamado para trabalhar na administração, como cargo comissionado de coordenador, fato também atestado por portaria publicada pelo Samae em 3 de julho.

A representação aponta ainda que, para trabalhar como agente de ETA é necessário passar pelo processo seletivo e ter registro no Conselho Regional de Química, o que o denunciante alega que o profissional não possui.

Outro pedido constante na denúncia é de que o Ministério Público cobre do Samae ressarcimento aos participantes do processo seletivo. Camargo alega que muitos gastaram dinheiro para se registrar no CRQ em vão, pois ninguém foi chamado para trabalhar.

Ele diz que o Samae, com isso, preencheu o cargo de alguém que prestou o concurso com indicação política.

O promotor Daniel Westphal Taylor, da 3ª Promotoria de Justiça de Brusque, confirmou que foi instaurado um procedimento preliminar para averiguar o caso.

Afirma que foi feito um pedido de informações ao Samae e, a partir da resposta, será analisado se é caso do procedimento evoluir para a instauração de um inquérito civil ou ser arquivado.

Contraponto
Por meio da assessoria de comunicação, a prefeitura informa que foi notificada pelo Ministério Público ontem e, portanto, ainda está se inteirando dos fatos. O governo tem até dez dias para formular resposta à 3ª Promotoria.