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MP pede exame de sanidade mental de homem que tentou matar o outro no Hospital Azambuja

Acusado foi denunciado ao Judiciário por tentativa de homicídio

O homem de 46 anos que esfaqueou uma pessoa no pronto atendimento do Hospital Azambuja foi denunciado ao Judiciário pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). A denúncia foi feita no dia 23, mas só foi publicada nesta terça-feira, 28.

No documento, a promotora de Justiça Susana Perin Carnaúba descreve como aconteceu os fatos e o comportamento do acusado. Com base nisso, ela pediu ao juiz da Vara Criminal, Edemar Leopoldo Schlosser, que transfira o acusado da Unidade Prisional Avançada (UPA), onde está agora, para uma instituição de tratamento psiquiátrico.

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A promotora considera que não há como colocá-lo em liberdade porque há risco de que o acusado cometa outros crimes quando surtar novamente. Contudo, ela também afirma que a UPA é um local inapropriado para ele, por isso requereu a transferência.

Além disso, Susana solicitou que seja feito um exame de sanidade mental do acusado, diante da possibilidade de que ele tenha problemas psiquiátricos, além da dependência química.

Os pedidos não interferem na denúncia pelo crime de tentativa de homicídio, a qual foi feita normalmente pela Promotoria de Justiça.

O crime
A promotora narra como aconteceu o crime. O acusado foi ao hospital embriagado em busca de atendimento no sábado, 18, por volta de 23h.

Ele queria tratar uma lesão na perna. Contudo, estava muito alterado e carregava muitas sacolas, o que provocou tumulto na sala de espera.

O vigilante do hospital foi chamado e tentou conter o homem, mas se desentenderam. Os dois começaram luta corporal e o acusado sacou uma faca que tinha consigo.

Neste momento, a vítima, um homem que estava com seu pai idoso esperando no pronto atendimento, tentou apartar a briga. No meio da confusão, o acusado desferiu três facadas nele: dois golpes na cabeça e um no olho esquerdo.

A vítima foi atendida e transferida ao Hospital de São José, na Grande Florianópolis. Conforme a denúncia, as lesões foram graves ou gravíssimas, mas não fatais devido ao atendimento rápido.

A promotora de Justiça destacou, na denúncia, que o acusado atacou uma terceira pessoa, que não lhe era conhecida. Além disso, a vítima foi pega desprevenida, pois apenas tentou separar a briga e acabou golpeado repentinamente. Essa situação também foi levada em conta na hora da denúncia feita ao Judiciário.

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Etapas
O processo criminal terá prosseguimento. O juiz analisará o pedido do Ministério Público e decidirá se cabe ou não o exame de sanidade mental.

Durante a fase de instrução, serão ouvidas pessoas que presenciaram ou têm informação para contribuir. A Promotoria elencou 17 testemunhas ou informantes.

Caso a ação chegue ao seu final, pois neste meio-tempo pode acontecer de ele ser considerado inimputável por seu problema psiquiátrico, o julgamento será feito pelo tribunal do júri, em data a ser marcada posteriormente.