MP-SC pede prisão preventiva de pastor que teria mandado matar esposa em Itajaí
O pedido também foi feito contra a amante do pastor e o genro dela, suspeitos de executarem o crime
O pedido também foi feito contra a amante do pastor e o genro dela, suspeitos de executarem o crime
O Ministério Público de Santa Catarina pediu a conversão de prisão temporária para preventiva de três suspeitos de terem causado a morte de Mariane Quele Carmo dos Santos, em Itajaí, em abril deste ano. Joedison dos Santos, o pastor Jota – marido da vítima – foi identificado como mandante do crime. A sua amante e o genro dela teriam sido os autores, segundo denúncia do MP-SC a Justiça.
Os três foram denunciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor – no caso do pastor, além das outras qualificadoras, a de feminicídio.
A prisão preventiva foi pedida, entre outros motivos, porque eles já haviam fugido após o corpo da vítima ser encontrado. Eles só foram capturados após a expedição do mandado de prisão temporária, cumprido pela Polícia Civil de Itajaí. Naquele momento, aliás, dois deles teriam ido para o estado de Pernambuco.
Segundo a denúncia, elaborada com base no inquérito policial, o marido da vítima planejou o crime com a sua amante, que era vizinha do casal. Esse relacionamento extraconjugal já existia há quatro anos. O motivo para que os dois matassem Mariane seria o fato de que eles queriam viver juntos sem que o pastor evangélico enfrentasse um divórcio, o que, na visão dele, poderia ser malvisto perante a sua comunidade.
Além disso, após tornar-se viúvo, o pastor e sua amante poderiam usufruir dos bens deixados pela vítima. Assim, desde o início de março deste ano, o pastor e sua amante teriam iniciado o planejamento da execução de Mariane.
O pastor teria pagado um total de R$ 2,5 mil ao genro da denunciada e ao sobrinho dela, um adolescente, para que os dois a ajudassem a cometer o assassinato. Com isso, os três também teriam incorrido no crime de corrupção de menores.
As investigações comprovaram que Mariane foi morta com 25 golpes de faca na noite de 8 de abril, após pegar carona com a sua vizinha e amiga, ao sair do trabalho. No carro estariam genro e o sobrinho da denunciada, que teriam matado a vítima dentro do veículo.
Em seguida, eles teriam seguido em direção a Navegantes, onde pretendiam esconder o corpo. Segundo consta, os três teriam ocultado o corpo de Mariane no Rio Itajaí-Açu, próximo à ponte de Navegantes.
O crime teria ocorrido de forma traiçoeira e cruel, sem chances de defesa à vítima, pois esta entrou no carro espontaneamente, já que era usual a sua vizinha buscá-la no trabalho e, por ter sido surpreendida, não teve oportunidade de tentar evitar o ataque.
Enquanto isso, o pastor teria permanecido em casa, para ter um álibi que pudesse acobertar o seu envolvimento no crime.
Como o plano inicial de fazer a vítima desmaiar no carro para matá-la fora do veículo não deu certo, na manhã do dia seguinte eles também arrancaram a forração do interior do veículo que estava suja de sangue e as placas do carro. Depois, jogaram fora em um local afastado na cidade de Navegantes, com o intuito de simular o furto do automóvel.
Com essas ações, eles teriam tentado também ocultar o crime e dificultar as investigações destruindo provas.
Os denunciados fugiram após a descoberta do corpo. A vizinha, amante do pastor, e o genro dela estão presos em Pernambuco, onde foram capturados. O marido da vítima, mandante do crime, também cumpre prisão temporária, mas está detido em Itajaí.
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