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Mudanças no programa de auxílio a atletas de Brusque ainda não estão em prática por questões burocráticas

Diretor-presidente da FME explica que orçamento não comporta mudanças definidas por nova lei

O programa Arthur Schlösser, que substitui o Bolsa Atleta, que criou novas modalidades para o benefício em Brusque, aumentou o valor do benefício e também a transparência foi aprovado pela Câmara de Brusque em abril deste ano. Os efeitos práticos, porém, ainda não foram sentidos pelos beneficiários.

De acordo com o diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Edson Garcia, por questões burocráticas e orçamentárias, ainda não foi possível incluir novos atletas ou aumentar o valor do benefício concedido.

O projeto de lei, de origem do Executivo, definiu o aumento do valor em todas as categorias. Para atletas Jasc, por exemplo, o teto máximo do benefício passou de R$ 1,2 mil para R$ 2,5 mil. Para os técnicos do Jasc, de R$ 2,4 mil para R$ 4,5 mil.

“A questão dos valores e quem será selecionado, procuramos avaliar a documentação de inscrição e projeção de investimento por modalidade, o que pensamos ser importante para nós como gestão. Mas, em relação à parte prática, ainda não mudou praticamente nada”.

Além dos reajustes, o programa Arthur Schlösser também criou a modalidade de ajuda de custo, que tem três patamares diferentes: R$ 300 para participação de competição em nível intermunicipal, R$ 1 mil para participação em nível interestadual e R$ 3,5 mil para participação em nível internacional. Os atletas e técnicos contemplados pelas bolsas, de acordo com a lei, têm o direito de pleitear até uma ajuda de custo por ano.

“Acrescentaram-se algumas coisas da lei, principalmente da ajuda de custo, que acabou sobrecarregando a nossa programação. Esses detalhes ainda não foram organizados para fornecer essa ajuda aos atletas, técnicos e equipes. Tivemos algumas solicitações de ajuda de custo, mas ainda não conseguimos formular um modelo de prestação de contas e critérios de avaliação”.

“O principal, porém, é a questão orçamentária. Não estava previsto para este ano. Por isso, não conseguimos entender. São detalhes burocráticos que, às vezes, as pessoas não entendem, mas estamos tentando ajudar e explicar”.

O novo texto ainda definiu a ampliação da participação e controle social, reestruturando a comissão do programa com maior participação de membros da sociedade civil.

Edson destaca que o novo programa é um avanço, principalmente na questão dos valores, e agora espera que a FME tenha condições de proporcionar aos atletas e técnicos o reajuste a partir de 2023.

“Temos um orçamento bastante limitado, mas buscamos, de alguma forma, oferecer melhores condições. Temos a expectativa que, no ano que vem, a gente tenha já definido critérios para selecionar quem receberá a ajuda de custo e também como vai ser feita a prestação de contas, para alinharmos a transparência e controle interno”.

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