Vamos lá. 1987. O ano pode ser revirado por vários pontos de vista – muitos caminhos dentro do rock, o pop mais respeitado, as memórias mais infantis que geraram o fenômeno “festa ploc”… Para cada um, o ano tem um sabor. Há quem ache que o principal representante do ano seja Bad, de Michael Jackson. Há quem defenda que é The Joshua Tree, do U2. E há quem lembre, em primeiro lugar, da Xuxa – olá, Lieza Neves! Tudo válido.

Mas não tem como não ser pessoal nas prioridades, certo? Então vamos lá. 1987, para mim, foi um ano cheio de descobertas inesquecíveis. Foi o ano de The Lion and the Cobra, de Sinéad O’Connor (o disco que tem a deliciosa Mandinka), de The Uplift Mofo Party Plan, do Red Hot Chili Peppers (Fight Like a Brave), do poderoso Floodland, do Sisters of Mercy.

Foi o ano também do álbum de estreia Introducing the Hardline According to Terence Trent D’Arby, que permanece perfeito em novas audições. Infelizmente, a promessa de um sucesso similar ao de Prince ou Michael Jackson (era sempre comparado com ambos) não se cumpriu. Mas o cantor continua lançando música sob o nome Sananda Maitreya – e vale muito a pena procurar no seu serviço de streaming preferido.

Na linha rock, dificilmente a gente pode escapar de dois destaques absolutos em 1987. Um, The Joshua Tree, do U2. Justamente aquele álbum que está tendo seus 30 anos comemorados na atual tour da banda, que está atualmente passando por São Paulo.

The Joshua Tree foi conhecido, na época, como o disco “americano” da banda, feito sob o efeito das turnês que os levaram ao contato mais profundo com uma cultura diferente da que eles mostraram em seus primeiros álbuns. Apesar do U2 já ser uma banda reconhecida, dá para dizer que The Joshua Tree foi o ponto de virada para que eles se tornassem uma das maiores bandas do mundo – e a mais representativa dos anos 80.

Um show completo da tour atual, graças à dica do imprescindível Zeca Azevedo.

O segundo destaque absoluto de 87 não estaria nas minhas listas – e foi roubado da lista do Eduardo Loos que temos aí mais adiante. Appetite for Destruction, a estreia do Guns N’ Roses, sacudiu o planeta. Em um gênero de nicho como o metal, foi o tipo de lançamento que levou o estilo a um público muito mais amplo. Para o bem e para o mal.

1987 também foi o ano de Document, do R.E.M. É o quinto disco da banda, que trouxe dois sucessos mais populares: It’s the End of the World as We Know It (And I Feel Fine) e The One I Love. Em uma época em que discos de bandas novas demoravam ou não eram lançados no Brasil, Document foi o disco que ajudou a que tivéssemos a discografia completa da banda disponível aqui.

Também foi o ano do último álbum de estúdio dos Smiths, Strangeways, Here We Come. Que vale mais pelo conjunto da obra do que por músicas que tenham sido muito executadas por aí. Se bem que Girlfriend in a Coma é daquelas que constam de “greatest hits”…

Isso dito, vamos a Eduardo Loos, que assim explica sua lista de destaques do ano: “não vou comentar sobre Michael Jackson, U2, Rick Astley, Pet Shop Boys e outros… é chover no molhado. Vou listar álbuns sensacionais, que marcaram o ano de 1987. São daqueles ábuns bons da primeira até a última faixa. Muitos deles DEFINIRAM o ano na música. E outros são itens obrigatórios ao se estudar aquele período mágico…

Além da estreia do Guns, que eu já citei, estão na lista do Eduardo: Def LeppardHysteria; DokkenBack for the Attack; Joe SatrianiSurfing with the Alien; WhitesnakeWhitesnake; RushHold Your Fire.

Ainda tem AerosmithPermanent Vacation; AnthraxAmong the Living; Pink FloydA Momentary Lapse of Reason; KissCrazy Nights; Motley CrueGirls Girls Girls; HelloweenKeeper of the Seven Keys Part 1; Deep PurpleThe House of Blue Light; SavatageHall of the Mountain King; DioDream Evil; AutographLoud and Clear; LoverboyWildside e Night RangerBig Life.

Tem mais alguns… separados para a semana que vem!

E… tem playlist, que vai ser melhor desenvolvida durante esta e a próxima semana!