Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Muitas cidades catarinenses não terão eventos de 7 de Setembro

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Muitas cidades catarinenses não terão eventos de 7 de Setembro

Raul Sartori

Civismo em baixa
É desalentador constatar que hoje, maior data cívica do país, em boa parte dos municípios de SC não haverá a que já foi tradicional e festejada parada na principal rua ou avenida da cidade. Em outros países ditos desenvolvidos e civilizados, uma data assim, apesar de divergências internas, é muito, mas muito comemorada, o que eleva a autoestima de todos, o amor pela nação em que vivem. Em Florianópolis, por exemplo, conseguiram fazer o pior: a mesma avenida Beira Mar Norte, que sempre recebia o grandioso desfile, com as Forças Armadas dando show, assistido por mais de 50 mil pessoas, foi transferido para a acanhada, suja, melancólica e úmida Passarela do Samba, na Baía Sul, onde o público não passa de 5 mil, e olhe lá. Mas a mesma avenida Beira Mar desde então é interditada ao trânsito de veículos para eventos religiosos (Marcha para Jesus), inclusivos (Parada Gay) e esportivos (Iron Man), dentre vários outros.

À frente
Os resultados do Ideb estão aí para comprovar a tragédia do ensino, principalmente nos anos finais (5ª a 9ª série) do ensino fundamental, inclusive em SC, que sempre esteve na dianteira da educação no país. Mas algo de novo está acontecendo. Em Joinville está sendo implantada uma nova metodologia de ensino, começando com 50 mil estudantes, que tem Singapura, superdesenvolvido país asiático, como modelo. É direcionado para as áreas de matemática e ciências, que tem relação com a vocação econômica da cidade, mas que pode ser utilizado em qualquer campo do conhecimento.

Boa ideia
Este espaço fica pescando boas ideias dos candidatos a governador. E elas existem, sim, como a proposta por Mauro Mariani (MDB) para gerar empregos. No programa “Empreende Mais”, pelo qual pretende envolver pequenos empreendedores, o marceneiro, cabeleireiro, borracheiro e outros profissionais terão auxílio para regularizar e receber apoio ao negócio com alvarás, certidões e acesso ao crédito com mais facilidade. Promete uma linha de crédito do Badesc com juro barato para empréstimo de até R$ 50 mil para capital de giro para este segmento.

Menos burocracia
O fim da obrigação de reconhecimento de firma (a mais absurda das invenções da burocracia brasileira), a dispensa de autenticação de cópias (idem) e mais agilidade na transferência de veículos estão em providencial projeto de lei aprovado anteontem no plenário do Senado. O texto segue para a sanção do presidente Michel Temer. Com a nova norma, os órgãos públicos não serão mais obrigados a exigir tais asneiras e poderão, em alguns casos, aproveitar certidões de um órgão para o outro.

Sonegar é crime 1
Evidente que é! Mas, neste país de mentira, uma lei precisa de outra para valer, e assim sucessivamente. A novidade agora é que o Superior Tribunal de Justiça confirmou entendimento do Ministério Público de SC e reconheceu que é crime o empresário não recolher aos cofres públicos o ICMS pago pelo consumidor final. O dinheiro não é seu, evidentemente. Aquela corte negou habeas corpus a dois réus de Brusque julgados em segunda instância, dos quais um se apropriou do valor referente ao ICMS por ele declarado em vez de recolhê-lo ao fisco.

Sonegar é crime 2
Se o mesmo MP-SC for atrás dos sonegadores de ICMS em SC (alguns, famosos, são contumazes, sempre confiando na impunidade) e conseguir sua condenação, acontecerão dois fatos extraordinários: as burras do Estado ganharão um reforço de alguns bilhões e, se lei valer mesmo, faltará cadeia para tantos condenados.

Espera
Os argentinos, que novamente enfrentam uma grave crise econômica, estão retardando as reservas que normalmente faziam nesta época do ano, ou até antes, em hotéis, pousadas ou casas alugadas em todo litoral catarinense, o destino preferencial de milhares deles.

Espeto de pau
O reitor da UFSC, Ubaldo Balthazar, manifestou-se nas redes sociais dizendo ser “inadmissível que as constantes restrições e os recentes cortes nos recursos destinados à educação, à cultura, ciência e tecnologia, impliquem no impedimento de ações preventivas e na guarda adequada dos espaços de memória e pesquisa da história do Brasil e da ciência nacional”. Referia-se ao incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Beleza, mas que mande ver, por precaução, como estão os museus da própria UFSC.

Água
A respeito das preocupações da Floripa Airport com relação a água para o novo aeroporto de Florianópolis, a Casan manda dizer que vai estender a rede que já abastece – com sobras – a Base Aérea, com a instalação de um equipamento macromedidor para que o terminal aéreo tenha uma conta em separado. A rede terá 150mm de diâmetro.

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