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Vítima de estupro confessa que mentiu em parte do depoimento à Polícia Civil de Brusque

Mulher relata que inicialmente o sexo foi consentido, mas o caso terminou em violência

A Polícia Civil de Brusque divulgou na manhã desta quinta-feira, 3, os primeiros resultados da investigação do estupro ocorrido por volta das 3h de domingo, 29, no prédio onde seria o futuro Observatório Astronômico de Brusque.

De acordo com o titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), Wesley Costa, num primeiro momento houve consentimento da vítima de 29 anos, conforme seu depoimento à polícia.

Ela teria acompanhado os três homens até o local após uma festa. Informações preliminares indicam que ela não conhecia os autores antes de domingo. Durante o ato, um dos homens decidiu ir embora e, após a saída dele, a mulher desistiu de ficar no local. Foi após este momento que ocorreu o crime.

“A vítima disse que não queria mais continuar a relação, os dois se alteraram, começaram a agredi-la e mantiveram mais relações sexuais. Neste momento teve início o estupro propriamente dito”, explica o delegado.

Investigações continuam
A possibilidade de que os três homens já se conheciam não é descartada pelo delegado. De acordo com ele, eles não estavam na festa que ela havia frequentado pouco antes. Ainda de acordo com a Polícia Civil, a vítima confessou que inventou parte da versão inicial por vergonha.

Com os novos fatos, o delegado trata do caso como “estupro” e refuta o termo “estupro coletivo”. A justificativa está na falta de tipificação jurídica para o crime.

“No caso específico dela, como começou um relacionamento com os três, consentido, e depois só com dois, que ela quis parar e houve a violência, fica muito dizer que foi um estupro coletivo. Foi um crime bárbaro, o estupro por si só é um crime bárbaro”, resume Costa.

Agora as investigações continuam, em busca dos responsáveis pelo crime e para esclarecer o contexto e fazer a identificação dos homens. Após o ato, os dois foram embora levando o celular da vítima e a chave da motocicleta da vítima.