Município quer atender alta complexidade em ortopedia
Atualmente, estado só autoriza a realização de procedimentos de baixa e média complexidade pelo SUS
A Secretaria de Saúde de Brusque encaminhou, neste ano, novo pedido ao governo do estado para referenciar o município, mais precisamente por meio do Hospital Azambuja, para atendimentos de alta complexidade em ortopedia.
Atualmente, procedimentos ortopédicos de alta complexidade, como cirurgias de quadril, por exemplo, precisam ser encaminhados para o Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, porque lá é o centro de referência em ortopedia estipulado pelo governo do estado, que é gestor da alta complexidade na saúde pública.
No ano passado e no anterior, a Prefeitura de Brusque já havia tentado referenciar o município para o tratamento da alta complexidade, mas o governo não acatou o pedido, porque o número de pacientes atendidos no município – incluindo os de Guabiruba e Botuverá, que aqui procuram atendimentos – não foi considerado suficiente para que fosse aberto um novo centro de referência.
A secretária da pasta, Ivonir Webster, a Crespa, explica que o pedido está em análise pelo governo do estado, e espera uma resolução para o tema até o fim do ano, embora não lhe tenham dado nenhum prazo. “Esperamos uma decisão, se vão liberar ou não a alta complexidade”.
Crespa explica que o serviço, sendo prestado em Itajaí, traz transtornos tanto para os pacientes quanto para o município. “Às vezes chega lá e a agenda do médico mudou, e tem que voltar. Gastamos transporte, traz transtorno para a família e ao paciente”.
Ortopedia é um dos procedimentos mais procurados pelos brusquenses. Atualmente, segundo dados da Secretaria de Saúde, a fila de espera é de 930 pacientes. Somente em 2015, já foram agendados 2.953 procedimentos. Até ontem, 2.516 haviam sido executados.
A prefeitura realiza mutirões aos sábados, para tentar acelerar as consultas e exames. Atualmente, com seis médicos, sendo um efetivo e cinco contratados, o município consegue realizar 350 procedimentos mensais, fora os casos urgentes, em atendimentos de segunda a sábado, na Policlínica. O tempo médio de espera do paciente, segundo a secretária, é de 60 dias.