Museu Dom Joaquim está fechado para visitantes desde 2019
Muito antes da pandemia, o museu que abriga a maior coleção de arte sacra do Sul do Brasil teve que fechar as portas
Muito antes da pandemia da Covid-19, o Museu Arquidiocesano Dom Joaquim, no bairro Azambuja, já estava fechado para visitantes.
O museu, que foi inaugurado em 1960, tem um dos mais ricos acervos de Santa Catarina e é o maior museu de Arte Sacra do Sul do Brasil, porém, sem estrutura para se manter, fechou as portas em agosto de 2019.
O reitor e pároco do Santuário de Azambuja, padre José Henrique Gazaniga, afirma que a decisão de fechar o museu aconteceu porque o prédio estava com problemas no telhado e também não havia funcionários para poder mantê-lo aberto para visitação.
Neste ano, com a pandemia da Covid-19, a situação do museu não mudou. O local se manteve fechado e agora tenta reabrir, mas para isso é preciso do auxílio da Fundação Cultural.
“Estamos com a perspectiva que a Fundação Cultural nos ceda um funcionário para poder abrir o museu. Já começamos a reforma do telhado e precisamos de um convênio com a fundação para poder ter um funcionário porque só com a cobrança dos ingressos não é suficiente para manter”.
De acordo com o padre, apesar de mais de um ano com as portas fechadas, o acervo do museu está todo preservado e recebendo manutenção constante de voluntários, que estão trabalhando no recadastramento e digitalização.
O Museu Arquidiocesano Dom Joaquim conta com quatro mil peças aproximadamente e tem em sua coleção acervo de História Natural, Arte Sacra e história da imigração de Brusque e Santa Catarina.
O superintendente da Fundação Cultural de Brusque, Igor Balbinot, afirma que o órgão repassa mensalmente R$ 5 mil para manter o museu em funcionamento e que no início de 2021 deve ser retomada a demanda da cessão de um funcionário para o museu.
Outros museus
Durante a pandemia, os outros museus de Brusque: O Instituto Aldo Krieger (IAK) e a Casa de Brusque, mantiveram suas atividades internas e também de forma virtual.
O diretor-presidente do IAK, Carmelo Krieger, afirma que as atividades do museu continuaram pelas redes sociais. “Fizemos lives, aulas virtuais com as escolas, fizemos vídeos, as atividades não pararam. Inclusive, tivemos a Semana Aldo Krieger totalmente on-line”.
Krieger destaca que o museu está atendendo presencialmente mediante agendamento e também pequenos grupos. “Agora que vamos começar a retomar, sempre obedecendo a legislação vigente”.
O diretor-presidente observa que este período de pandemia obrigou o museu a se reinventar. “Não vamos abandonar esse sistema. Ele vai permanecer. Vimos que traz bons resultados. Acredito que será bem importante quando retornarmos com as nossas apresentações no palco do IAK”.
Casa de Brusque
O Museu Casa de Brusque ficou fechado por algumas semanas a partir dos primeiros decretos do governo do estado em março. Depois, retornou com atividades internas e atendimentos presenciais mediante agendamento.
“Como somos um arquivo histórico, retornamos com o atendimento agendado para poder atender a necessidade das pessoas com as pesquisas”, destaca a responsável pelo museu, Luciana Pasa Tomasi.
Além disso, o museu também está bastante atuante nas redes sociais, postando fotos no Facebook e Instagram das peças do acervo e documentos e também tirando dúvidas dos pesquisadores.
Durante esse período, o museu também enviou projetos para diversos editais como o Elisabete Anderle, o qual foi contemplado para catalogar as peças arqueológicas do museu, e também projetos para a Lei Aldir Blanc.