Casa de Brusque/Divulgação
Museu restaura busto de Ayres Gevaerd e mausoléu de Francisco Carlos de Araújo Brusque
Projeto tem apoio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc
O mausoléu de Francisco Carlos de Araújo Brusque e o busto de Ayres Gevaerd estão sendo restaurados pela Casa de Brusque, com o apoio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (14.017/2020). Os trabalhos iniciaram na segunda metade de janeiro e devem estar finalizados até o final de fevereiro. Tanto o mausoléu quanto o busto ficam no jardim do museu.
A missão de restaurar os dois símbolos ligados a personagens históricos de Brusque é de do escultor e restaurador Karl Theichmann. “É importante ter a manutenção das peças e fazer a restauração porque faz parte da história e o museu é uma referência na região”, comenta.
O valor do projeto é de R$ 10 mil, aprovado pela Lei Aldir Blanc. Nos trabalhos, está inclusa uma pesquisa que está sendo realizada pelo historiador Hugo Grubert, e vai resultar em um livreto digital disponibilizado no site da Casa de Brusque. Ele explica que o material será inédito, com novos detalhes sobre as histórias de Ayres Gevaerd e Francisco Carlos de Araújo Brusque.
Entre os objetivos está chamar a atenção para investimentos na preservação e na conservação da história e da cultura brusquenses, e isto passa por uma maior participação da educação.
“Vamos entrevistar muita gente do Rotary, que jamais havia sido entrevistada sobre estes assuntos, e verificar a repercussão da mídia nestes casos. É um momento diferenciado. A Casa de Brusque quase se mantém com recursos próprios, tem 60 anos e praticamente nada havia sido restaurado até então. Estes trabalhos também têm o objetivo de incentivar a população a participar da preservação da história e da cultura do município.”
“Temos três meses para a conclusão do projeto, que foi aprovado em dezembro. Ou seja, seria até o final de março, mas acreditamos que em fevereiro esteja tudo pronto”, explica a historiadora e secretária administrativa da Casa de Brusque, Luciana Pasa Tomasi.
Os monumentos e os homenageados
O mausoléu guarda os restos mortais do conselheiro Francisco Carlos de Araújo Brusque, ex-presidente das províncias de Santa Catarina e do Grão-Pará, nascido em Porto Alegre em 24 de maio de 1822 e falecido em Pelotas, em 23 de setembro de 1886.
O município de Brusque tem este nome em homenagem ao Conselheiro Brusque, que acompanhou pessoalmente os primeiros imigrantes da Colônia Itajahy, em 1860. Em 1890, 30 anos depois da chegada dos primeiros imigrantes e quatro anos após sua morte, a Colônia Itajahy se tornou Brusque. Seu mausoléu foi trasladado de Pelotas, onde faleceu, para Brusque, em 1998.
Ayres Gevaerd foi um grande estudioso da história brusquense, nascido em 9 de março de 1912 e falecido em 8 de dezembro de 1992. Foi fundamental na fundação da Casa de Brusque, em 1960, e é considerado o primeiro historiador do município. Seu busto foi uma homenagem póstuma entregue em 12 de março de 1994 pelo Rotary Club de Brusque, do qual foi membro-fundador.