Musical Brasil Caboclo resgata músicas de raiz em Guabiruba

Coral Cristo Rei realizou três apresentações neste fim de semana

Musical Brasil Caboclo resgata músicas de raiz em Guabiruba

Coral Cristo Rei realizou três apresentações neste fim de semana

Uma viagem ao tempo e ao resgate cultural das canções de raiz. Assim pode ser definido a 2ª edição do Musical Brasil Caboclo, que reuniu neste fim de semana no Salão Cristo Rei, no Centro de Guabiruba, cerca de 900 pessoas durante os três dias de apresentações do Coral Cristo Rei – grupo que promove o projeto.

Cenários que retratam os costumes dos antepassados, como o rancho e as atividades na roça, fazem parte do ambiente preparado exclusivamente para remeter às tradições dos moradores mais antigos de Guabiruba. Atrelado a isso, as músicas de raiz dos meados dos anos 70 a 80, de Tonico e Tinoco, por exemplo, e o vestuário típico das avós e dos avôs. “A ideia é resgatar o legado dos antepassados, tanto na maneira que eram construídas as casas, no jeito de se vestir e também nas canções caboclas”, diz o presidente da Associação Cultural e Coral Cristo Rei, Ricardo José Schlindwein. Ao todo, foram 17 canções apresentadas durante aproximadamente 1 hora e 20 minutos, no qual foram utilizados instrumentos musicais como gaita, violão, viola e flauta.

Em 2008, o coral, que existe desde 1962, apresentou o primeiro show de músicas de raiz. O evento, na época, agradou o público, que solicitava novo espetáculo. Porém, devido aos custos para preparar o ambiente, somente agora, em 2015, foi possível realizar novamente o musical. “Queríamos ter feito antes. Mas neste ano, por meio do edital de incentivo à cultura, conseguimos captar uma parte do valor para fazer a segunda edição”, conta Schlindwein.

No fim dos anos 70, Marcelino Kohler, morador conhecido de Guabiruba, começou a integrar o coral. Desde então, participa ativamente das atividades. Para ele, que canta no baixo (voz mais grave), o musical mexe com o sentimento da comunidade. “É o resgate do Brasil caboclo. As pessoas não escutam só as músicas, mas veem os instrumentos agrícolas de antigamente. Enquanto uns cantam, outros estão no rancho, algumas mulheres estão fazendo crochê”, exemplifica.

Casinha Branca, As Mocinhas da Cidade, O Trem do Pantanal e Romaria, são algumas das canções cantadas durante o musical. Eliana Debatin Mattiole integra o coral há mais de 30 anos. Ela também é de Guabiruba e canta na segunda voz. Entre os diferenciais do musical, Eliana destaca a movimentação no palco, que permite que sejam mostrados cenários diferentes. “É apresentado um pessoal na casa, enquanto outros vão para o rancho, assim como acontecia com nossos bisavós. É algo muito importante pra gente”, salienta.

O superintendente da Fundação Cultural do município, Gilmar José Celva, afirma que o evento busca incutir na população os vários tipos de cultura que existem no Brasil, e que eventos como o musical cumprem esse papel. “Incentivamos todas as formas de manifestação, não só do alemão e italiano, típico da nossa colonização, mas de outros segmentos. O Brasil Caboclo realmente resgata as raízes dos antepassados”.


Coral Cristo Rei

Há 53 anos era fundado o coral, do Salão Cristo Rei, no Centro de Guabiruba. O grupo é formado por 34 integrantes ativos, que participam de vários eventos da comunidade, como festividades da paróquia, Festa dos Motoristas, de São Pedro, além de eventos da região. Eles já se apresentaram na Alemanha e na Argentina. Os ensaios são realizados todo domingo, das 18h às 21h.

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