Mutirão da saúde: Hospital Imigrantes realiza cateterismos pediátricos em Brusque

Ao total, oito crianças realizaram tratamento

Mutirão da saúde: Hospital Imigrantes realiza cateterismos pediátricos em Brusque

Ao total, oito crianças realizaram tratamento

O Hospital e Maternidade Imigrantes, de Brusque, realizou um mutirão de cateterismos pediátricos, procedimento empregado para diagnosticar ou tratar doenças cardíacas na quinta e sexta-feira, 8 e 9.

Ao total, oito crianças entre 11 meses e 8 anos foram submetidas ao tratamento via SUS, por meio da Secretaria de Estado da Saúde.

Dos oito processos, seis foram terapêuticos e dois diagnósticos. A terapia foi realizada por uma equipe multiprofissional coordenada pelo cardiologista João Luiz Manica, de Porto Alegre, e só foi possível graças aos novos leitos de UTIs pediátricos recentemente contratualizados pelo Estado, com autorização do governador Jorginho Mello e da secretária Carmen Zanotto.

“Quando vemos que, em dois dias, é possível aliviar o sofrimento de anos dessas famílias, fica claro que o mutirão vale a pena e estamos fazendo a coisa certa”, disse o governador Jorginho Mello.

A secretária estadual de Saúde, Carmen Zanotto, afirma que ações como essas não têm preço. “Todo o esforço que estamos demandando é no sentido de melhorar a vida das pessoas, e a saúde é o nosso bem maior. Recuperar a infância dessas crianças, devolvendo a alegria de poder brincar novamente, não tem preço”.

A pediatra intensivista Laiza Brose, integrante do time que participou do mutirão, explica que o cateterismo não é só um exame, podendo funcionar também como tratamento de algumas doenças, sendo indispensável, para tanto, a disponibilidade de leitos de terapia intensiva.

“Hoje, no mutirão, nós tivemos as duas coisas: crianças que vieram encaminhadas para fazer um estudo, para diagnosticar a cardiopatia que possuem ou para planejar um procedimento cirúrgico mais complexo, e algumas que vieram para fazer o tratamento definitivo da doença. E, invariavelmente, os pacientes precisam se recuperar em leitos de UTI. Então a gente tem que disponibilizar uma certa quantidade destes para atender essa demanda”, destaca.

Coisas de guri

A moradora de Caibi, no extremo Oeste de Santa Catarina, Deise Mara Sasso, de 35 anos, esperou seis anos pelo momento de ver seu filho Lorenzo Luiz Sasso, de 6 anos, realizar um cateterismo terapêutico de valvuloplastia.

Diagnosticado com estenose pulmonar valvar, enfermidade que diminui o fluxo de sangue aos pulmões, o garoto foi internado na terça-feira, 6, no Hospital Imigrantes para realizar o tratamento via SUS.

Divulgação

A mãe explica que Lorenzo não vê a hora de retornar a sua casa e poder andar de bicicleta, jogar bola, realizar atividades comuns a todas as crianças.

“Coisas de guri que ele não podia fazer e estavam interferindo na vida dele”, explica. Deise desaba sobre a emoção que sentiu ao vê-lo entrar na sala para realizar o cateterismo.

“Quando ele entrou para a cirurgia eu não conseguia nem pensar, eu não sabia nem o que eu sentia, porque era tudo junto. Eu tinha vontade de chorar, eu estava feliz, eu estava com medo. E quando eu cheguei no quarto de UTI depois da cirurgia, e pude ver a alegria dele, a expectativa que tinha de poder voltar a fazer tudo aquilo que não lhe era permitido, embora possa parecer algo pequeno, para ele, era muito grande”, relata.

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