Mutirão de castração de animais não tem data para acontecer em Brusque
Ação foi realizada até 2020 por meio parceria entre prefeitura e Acapra
Mutirões de castração de animais domésticos como cães e gatos são os principais métodos para o controle populacional. No entanto, ao contrário dos últimos três anos, em 2021 não há uma previsão para realização de projetos similares em Brusque.
A Câmara de Vereadores levantou a questão e questionou a prefeitura a respeito do mutirão de castração. Em resposta, o poder Executivo comunicou que uma solicitação para credenciamento do projeto em 2021 já foi feita junto à Procuradoria-geral do município. Porém, não existe previsão para que a ação seja realizada.
Junto do questionamento sobre a expectativa da ação em 2021, o poder Legislativo de Brusque solicitou informações a respeito dos mutirões de castração que já foram realizados no governo atual. Conforme dados repassados pela diretora de Vigilância em Saúde, Ariane Fischer, nos anos de 2017 a 2020 foram três campanhas executadas com parceria da prefeitura.
Nestes mutirões cerca de 540 animais foram castrados, tendo a média de 180 cachorros e gatos em cada campanha. Para a realização dos projetos, a prefeitura investiu um total de R$ 150 mil na parceria com a Acapra.
A falta de perspectiva para uma nova campanha traz prejuízo para o controle sanitário municipal. Segundo a tesoureira da Acapra, Jessica Ricardo, permitir que os animais procriem sem cuidado aumenta um problema que já é grande, que é a sua superpopulação circulando no município.
Segundo ela, são ações como as realizadas nos anos anteriores que reduzem a quantidade de animais vulneráveis e nas ruas. A tesoureira afirma que isso é essencial para a proteção animal, e que a castração atende principalmente famílias carentes, que não possuem condição de garantir qualidade de vida do animal caso procrie.
Acapra
Atualmente as ações da Acapra seguem paralisadas. O motivo é a necessidade de quitar uma dívida desenvolvida ao longo dos anos de proteção animal. Jessica destaca que, apesar de ações conjuntas da ONG não estarem acontecendo, os protetores de animais seguem atuando de forma independente.
O retorno das atividades da Acapra é certo, mas o controle populacional dos animais é necessário durante o período em que a ONG está paralisada. “Sabemos que sem castrações nosso trabalho nunca terá um fim”, afirma Jessica.
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