Na estreia de Pingo, Brusque vence Tubarão e sobe na tabela
Equipe não faz grande jogo, mas vence a primeira com novo treinador após gol único de Belusso
Quem esteve presente no Augusto Bauer na noite desta quarta-feira, 8, não viu grande apresentação, mas mesmo assim soltou o grito de vitória no apito final do árbitro. Com gol único de Belusso, a equipe venceu e o esquema do novo técnico, Pingo, se provou eficiente. Mesmo assim, a equipe demonstrou fragilidade, principalmente na defesa, e provou que há ajustes para fazer antes da partida contra a Chapecoense no próximo sábado, 11.
Mexidas funcionam
A cobrança para cima de Pingo foi para que o técnico mandasse a campo uma equipe mais ousada e que atacasse mais. Para isso, apostou em dupla de ataque com Belusso e Ricardo Lobo, e também colocou, pela primeira vez, Leilson no meio-de-campo como titular. Não sabia o quanto estava certo em apostar neste trio.
Mas antes do único gol da etapa inicial, a partida não foi fácil de engolir. Como em um verdadeiro jogo de xadrez, a equipe brusquense tentava furar um meio-de-campo totalmente povoado por atletas de azul. Assis e Pedrinho não entraram bem na partida, e muitas bolas eram perdidas, causando o contra-ataque. Cleyton também cochilou em algumas oportunidades, que por pouco não foram aproveitadas, principalmente aos 23 minutos quando entregou bola para Ratão. Por sorte, o trio ofensivo adversário também não encaixou na partida nos primeiros 45 minutos.
Faltava uma pressão e bem mais velocidade na partida, coisa que só aconteceu a partir dos 35 minutos. Aí, finalmente, os donos da casa deram sufoco ao Tubarão. Depois de muitas tentativas que por detalhes não entraram, a equipe de Pingo conseguiu marcar aos 39 minutos. Leilson arriscou o arremate de longe, Jandrei bateu roupa, Ricardo Lobo cruzou a bola na medida para Belusso cabecear para as redes.
A torcida, que já ensaiava uma irritação nas arquibancadas, soltou o grito e passou a apoiar o time até o minuto final do primeiro tempo.
Sufoco até o final
O Tubarão buscou o empate desde o começo da partida. Para sorte do Brusque, o trio de ataque tubaronense não funcionou. A equipe de Pingo teve muita dificuldade para criar as jogadas e principalmente o último passe, aquele para colocar o companheiro na cara do gol, não dava certo. Por isso mesmo, a quantidade de finalizações foi baixa. Faltou arriscar e, principalmente, concentrar.
O ataque do Tubarão, que está na seca e já completa quatro rodadas sem marcar, trocou muitos passes dentro da área quadricolor. Cleyton, Neguete e Willian bateram cabeça para tirar as tentativas adversárias. Rodolpho, mais uma vez, fez partida segura e deixou a vida da defesa mais fácil.
A torcida não via a hora do apito final, já que sentia que mais um gol tornou-se uma utopia depois dos 40 minutos do segundo tempo. Os últimos instantes antes da sinalização do fim simbolizaram toda a partida: um escanteio para o Tubarão, já aos 47, quase resultou em gol. Mas no fim deu tudo certo para os donos da casa, apesar do sentimento de que há muito o que melhorar.