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Napoleão Bernardes: “O meu papel vai ser o de governador do Vale do Itajaí”

Ex-prefeito de Blumenau, vice na chapa de Mauro Mariani (MDB), fala sobre propostas de campanha

Em entrevista ao jornal O Município, o candidato a vice-governador na chapa de Mauro Mariani (PMDB), o ex-prefeito de Blumenau Napoleão Bernardes declarou que sua prioridade de atuação, se eleito, será focada no Vale do Itajaí.

Questionado sobre qual tipo de vice pretende ser, respondeu: “O meu papel vai ser o de governador do Vale do Itajaí, e inclusive do Vale do Rio Tijucas. O vice-governador deve seguir as determinações do governador, e a determinação é que eu tenha um papel de protagonismo neste nosso grande Vale, olhar de lupa para realmente fazer um trabalho nesta região”, afirma.

Ele também afirma que seu papel será levar para todo o estado ações que deram certo na sua gestão como prefeito de Blumenau, como a Praça do Empreendedor, criada para desburocratizar a abertura de empresas no município.

Napoleão avalia que o diferencial da chapa formada com Mariani é a experiência administrativa. “Temos uma dupla de governador e vice já com experiência de prefeito, e quem foi prefeito sabe onde o calo aperta no desenvolvimento da cidade”, explica.

Obras e recursos
O candidato reconhece a necessidade de que sejam viabilizadas grandes obras para a região do Vale, como a barragem de Botuverá e a duplicação da rodovia Ivo Silveira, e afirma que, para viabilizar os recursos, o governo do estado terá que “ganhar musculatura” na arrecadação.

Diz que é preciso “olhar com lupa para o desperdício” e promover corte de despesas, para que se possa investir.

Situação da saúde
Questionado sobre a situação da saúde no estado e a falta de recursos para a filantropia, o candidato diz que a lógica da distribuição de recursos pelo governo do estado está invertida.

“70% dos recursos vão para 13 hospitais, que atendem 30% da demanda. Outros 170 hospitais atendem 70% da demanda e ficam com 30% dos recursos”, explica.

Agências regionais
Napoleão Bernardes afirma que as agências de desenvolvimento regional, da forma como estão hoje, não devem ser mantidas.

Ele diz que elas tiveram “um importante papel, porque antes o governo governava de costas para o interior, da capital se decidia tudo”.

Defende o enxugamento das estruturas das ADRs, mas mantendo serviços essenciais no interior, como as gerências de saúde e educação. “Serão poucas, mas altamente estruturadas e com orçamento”, afirma.

O declínio do PSDB
Para Napoleão Bernardes, o fraco desempenho do PSDB na eleição presidencial, com Geraldo Alckmin afastado dos líderes, se deve ao fato de que o partido “não soube defender seu legado”.

“O governo de Fernando Henrique Cardoso teve avanços importantes na estabilização de economia, foram grandes avanços, mas o PSDB, por conveniência eleitoral, acabou escondendo esse legado e aos poucos fomos perdendo essa identidade”, reflete.