Nas últimas três eleições, Brusque conseguiu eleger apenas um candidato à Alesc
Cidade só chegou a ter dois deputados estaduais quando suplentes assumiram cadeiras
Nas últimas três eleições, Brusque conseguiu eleger apenas um candidato à Alesc
Cidade só chegou a ter dois deputados estaduais quando suplentes assumiram cadeiras
- 24/08/2018
- 5:15
A cada eleição, o assunto da representatividade volta à tona em Brusque. Candidatos invariavelmente pregam que deve haver uma união em torno de poucos nomes para que mais representantes sejam eleitos para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
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Levantamento de O Município mostra que nos últimos três pleitos – 2006, 2010 e 2014 – só um candidato foi eleito como titular de mandato na Alesc em cada votação. A Câmara dos Deputados é um sonho distante e nenhum político de Brusque chegou a conseguir uma cadeira. O último foi Serafim Venzon entre 1995 e 1999.
A mesma pesquisa na base de dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) demonstra que o número de candidatos de Brusque é um recorde neste ano. Por isso, eleger representantes à Alesc deve ser um desafio ainda maior, na medida em que a tendência é de que os votos sejam mais dispersos.
Em 2006, três nomes da política local concorreram à Alesc: Dagomar Carneiro, à época no PDT; Serafim Venzon, do PSDB; e Paulo Eccel, do PT. Apenas Carneiro se elegeu diretamente, enquanto Venzon ficou como primeiro suplente e acabou assumindo o mandato.
Nas eleições gerais seguintes, em 2010, Brusque lançou seis nomes para a Assembleia Legislativa: Ciro Roza (à época do DEM), Serafim Venzon, Danilo Rezini (à época do PPS), Dagomar Carneiro, Felipe Belotto (PT) e Edson Rubem Muller, o Pipoca (PP).
Carneiro, que buscava a reeleição, não conseguiu uma vaga. Somente Venzon, que era suplente, elegeu-se como titular de um mandato. Ciro ficou como suplente e chegou a assumir uma cadeira no parlamento catarinense. Foi um curto espaço de tempo em que a cidade teve dois deputados advogando pelos seus interesses em nível estadual.
Na última eleição, somente o tucano Venzon foi eleito. Carneiro tentou voltar à Alesc, mas teve seus votos invalidados pela Justiça Eleitoral.
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Rezini, que fora vereador no início dos anos 2000 e é presidente do Brusque Futebol Clube, teve a maior votação: 14.214 votos. Ainda assim insuficiente para colocá-lo na Assembleia.
Dispersão de votos
O levantamento exibe a realidade de que os eleitores de Brusque votam em grande volume em candidatos cuja base eleitoral não fica na cidade. Nas últimas eleições, por exemplo, entre os cinco mais votados no município estavam Gelson Merisio (PSD), Vanderlei de Oliveira (PT) e Ismael dos Santos (PSD).
Ainda que os candidatos de Brusque figurem, a cada eleição, entre os mais votados no município, no cômputo geral não contam com o apoio maciço. Nas últimas eleições, menos da metade dos votos do colégio eleitoral ficou com os políticos locais. O restante foi para concorrentes de outras cidades.