Natação/FME Brusque volta à ativa com provas online e elogios do técnico
José Armando Vásquez Soto, o Bay, relata desafio de manter motivação da equipe em alta e exalta rendimento
Após um longo período sem competições e até sem treinamentos em piscina, a Natação/FME Brusque tem voltado à ativa em uma realidade adaptada à da pandemia de Covid-19. Competições à distância e treinamentos modificados têm se tornado parte da rotina, Para o técnico José Armando Vásquez Soto, o Bay, a motivação e o rendimento dos atletas segue em alta.
Os treinamentos, que haviam começado em janeiro, foram interrompidos com a chegada da pandemia. A equipe praticamente não pôde competir. A equipe pôde voltar a treinar em julho, seguindo diversas regras sanitárias, que têm ficado mais brandas nos últimos meses.
“Foi bastante difícil o retorno para os atletas. Eles estavam desmotivados com a falta de competições. Eram feitos vários exercícios de casa, orientações em vídeo. Conversei várias vezes com eles em reuniões online para mantê-los motivados. Trabalhei o psicológico deles”, comenta Bay.
Houve um baque nesta motivação quando a equipe recebeu a notícia do cancelamento dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), evento muito aguardado pelo esporte de todo o estado. Mas a Federação Aquática de Santa Catarina passou a organizar competições online, comparando os tempos dos nadadores, cada um em sua própria piscina.
“Senti uma grande melhora no desempenho deles, com as provas online. Melhoraram muito seus tempos, e fiquei admirado com a postura deles. Senti uma firmeza.”
Em novembro, serão realizadas novas provas online, valendo índices para competições nacionais. Na opinião de Bay, é o ideal para que a equipe encerre bem o ano, apesar de todas as dificuldades.
Financeiramente, a equipe esteve segura com os apoios da Fundação Municipal de Esportes (FME) e da Havan, que não fizeram quaisquer alterações nos pagamentos por conta da pandemia.
“Não tivemos as dificuldades, elas são as de sempre. Somos muito gratos à FME e à Havan, A natação é um esporte caro. Passamos a situação normal dentro da pandemia, mas estamos na luta de sempre por patrocínio”, explica Bay, que também agradece aos pais dos nadadores pelo apoio prestado em treinamentos, competições e manutenção da equipe.
Crianças
As equipes de base, com crianças de oito a 12 anos, ficaram mais comprometidas. Poucas retornaram às atividades. Para Bay, a situação é esperada por conta da pandemia. Os pais ficam receosos de permitirem o retorno às piscinas.
As escolinhas em parceria com as academias Viva, Gaivota e CCN também tiveram atividades paralisadas. “Agora estamos começando a retornar. Com o retorno das aulas, as atividades devem voltar. No ano passado, tivemos 100 crianças, e ano que vem esperamos conseguir voltar com tudo.”