Necessidade financeira motiva o trabalho no fim de ano

Enquanto a maioria descansa e passa as férias fora da cidade, alguns brusquenses garantem o emprego durante esse período

Necessidade financeira motiva o trabalho no fim de ano

Enquanto a maioria descansa e passa as férias fora da cidade, alguns brusquenses garantem o emprego durante esse período

Caminhar por Brusque durante o período de fim de ano é se deparar com ruas vazias ou menos movimentadas. Porém, alguns estabelecimentos permanecem com as portas abertas para atender aos que optaram em passar as férias na cidade. Trabalhar nessa época pode não ser tão animador para alguns, mas ainda assim é possível ver o lado bom.

Por quase 40 anos, o garçon Luis César, 52, trabalha todos os fins de anos. Para ele, a época virou rotina e não se importa mais em passar Natal ou Réveillon trabalhando. Ele conta que apesar da calmaria na cidade, o trabalho nesse período é mais estressante e é preciso ter mais paciência com as pessoas. “É sofrido, mas tem que ter vontade e atender bem os clientes. Até porque é um momento de ganhar um extra também”, diz.

César comenta que a maior dificuldade que enfrenta é a distância com a família que sai da cidade para curtir as férias no litoral. “Mas a gente se acostuma, consegue lidar com a falta. Hoje não penso em parar de trabalhar no fim de ano, acho que já está no sangue”.

IMG_0768A atendente de sorveteria, Paloma Michelle Sousa Costa, 22, trabalha pelo terceiro ano consecutivo no período em que muitos estão aproveitando as férias. “Não gosto de trabalhar nesse período, mas trabalho por necessidade e é isso que me motiva”, afirma.

Apesar de ter folga nas vésperas e feriados, Paloma acredita ser pouco tempo para descansar toda a carga de energia adquirida durante o ano. “Como temos um pouco menos de movimento, a gente acaba tentando descansar entre um intervalo e outro na hora do trabalho”, diz.

O atendente Lucas Malossi Alexandre, 19, trabalha também pelo segundo ano. Mesmo não achando bom trabalhar nessa época, não se importa tanto. “Vejo pelo lado positivo da economia, pois estando no trabalho, não estou gastando”, comenta. Como também ganha folgas durante esse período, o jovem diz que consegue tirar alguns momentos de descanso.

Primeira experiência

O vigilante Paulo Cesar Korchuvei, 25, trabalha pelo primeiro ano durante o período de festas. O serviço dele não permite folgas, ou seja, trabalha de domingo a domingo. Como a profissão exige muita atenção e cuidado, o cansaço acaba sendo ainda maior. “É puxado demais, não consigo ver um lado bom em trabalhar nessa época”, diz.

A única motivação que o faz permanecer na função, é a projeção de conseguir algo melhor financeiramente. “Mas, se parar para pensar bem, não compensa, até porque não se tem extra nem nada”, analisa.

Mesmo passado o período de fim de ano, Korchuvei não recebe folgas. O trabalho permanece igual. Por isso, o vigilante garante que é preciso gostar do que faz. “Não é para qualquer um”, pontua.

A estoquista de farmácia, Eduarda Jamila de Almeida Pedruzi, 19, também enfrenta o cansaço do trabalho de fim de ano pela primeira vez. Para ela, este período tem sido mais cansativo do que durante todo o ano.

A vantagem de trabalhar enquanto muitos estão em férias, para Eduarda, é a oportunidade de conhecer mais pessoas do próprio município e até mesmo os turistas, sem contar com o dinheiro dobrado que é possível receber. Além disso, o baixo movimento permite ainda uma interação maior entre os funcionários. “Isso acaba nos aproximando mais e torna o ambiente mais gostoso para trabalhar”, diz.

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