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No embalo da neotrentina Rosamaria, Brasil conquista o Grand Prix

Após ficar perto da eliminação em duas oportunidades, seleção brasileira faturou 12º troféu

O Grand Prix de Voleibol Feminino foi uma montanha-russa de emoções para a seleção brasileira. A equipe ficou às portas da eliminação em duas ocasiões, o que gerou dúvida sobre o desempenho de um grupo com jovens atletas – somente o trio Adenízia, Tandara e Natália tinham mais experiência, com ouro olímpico no currículo.

Mas com determinação e a garra simbolizada pela jovem neotrentina Rosamaria Montibeller, que se tornou um xodó da ‘nova seleção’, o Brasil conquistou o 12º título do mais importante campeonato mundial de vôlei. A grande final foi realizada neste domingo, 6, contra a Itália.

Reta final
O Brasil levou um susto ao perder na fase final para a China por 3 a 0. Com isso, foi para o tudo ou nada contra a Holanda na última quinta-feira, vencendo de virada o que poderia ter sido o jogo da eliminação, e torcendo para que as chinesas vencessem das holandesas na terça. A torcida deu certo, e o Brasil partiu para a semifinal contra a Sérvia no sábado.

As sérvias começaram vencendo o primeiro set, mas novamente o poder de reação brasileiro surtiu efeito: 3 a 1. A surpresa também foi para a outra semifinal, em que a China, favorita ao título, caiu para a Itália. A grande decisão ficou para brasileiras e italianas na manhã de domingo.

A final foi de tirar o fôlego. Duas seleções desacreditadas davam seu melhor para levar o troféu para casa e acabar com as dúvidas da torcida. Após um set sofrido, o Brasil levou o primeiro por 26 a 24. Na sequência, nada deu certo: 25 a 17 para elas. O terceiro foi brasileiro, mostrando o equilíbrio, por 25 a 22, mas o quarto foi italiano pelo mesmo placar, levando tudo para o tie-break.

Nova Trento em quadra
Rosamaria foi essencial para a vitória brasileira. A ponteira trabalhou muito bem pelo lado esquerdo, tanto que as adversárias começaram a cuidar mais dos ataques da neotrentina.

O foguetaço de braço direito desestabilizava as adversárias. Ela foi autora do oitavo ponto no set, que aproximou muito o título do Brasil, e depois passou a fazer os saques que, com a força da atleta, eram recebidas com dificuldade pelas italianas.

Após fazer uma bela partida e ser fundamental para a equipe, ela foi substituída nos últimos três pontos brasileiros, mas sua importância foi inegável para a conquista do 12ª título do Grand Prix.