Dia do Pedal reúne milhares de ciclistas de todas as idades em Brusque
Famílias da região participaram do evento, que é um dos maiores passeios ciclísticos do estado
Ciclistas de Brusque e região saíram às ruas do Centro da cidade durante o Dia do Pedal, promovido pelo Sesc. Na sede da entidade, na avenida Beira Rio, atividades paralelas ao longo do dia também atraíram visitantes.
Embora aconteça em vários municípios catarinenses simultaneamente, o evento brusquense é considerado um dos maiores. Estima-se que cerca de 3 mil pessoas participaram das atividades.
O gerente do Sesc Brusque, Edemar Luiz Alécio, o Palmito, destaca o papel do evento em despertar a atenção para a saúde e o meio ambiente.
Para ele, as atividades além de serem uma homenagem aos trabalhadores, no Dia do Trabalhador, são uma oportunidade de integração. Para ele, o modelo adotado também é uma chance de muitas pessoas conhecerem a cidade de uma nova forma.
Acompanhado do afilhado Bernardo, 8 anos, Rafael Merizio, 36, reforça a percepção dos organizadores. “É um esporte que ensina a parte educativa do trânsito e estimula a uma mobilidade mais consciente e uma cidade mais limpa.”
Assim como ele, Marcos Redivo, 32, acredita que estas iniciativas têm bons resultados no estímulo à prática esportiva entre os mais jovens. Morador do Centro, acredita que muitos pais começam a pegar gosto por pedalar, influenciados pelos filhos.
Tamanho família
Para muitos brusquenses, o Dia do Pedal já faz parte da programação da família. Os irmãos Delmar Goulart, 37, e Leonir de Oliveira, 43, aproveitam o evento para trazer os filhos e colocar a saúde em dia.
Morador do bairro Dom Joaquim, Delmar veio com as filhas Aysa, 9, e Maria Eduarda, 15, pedalando de casa. Segundo ele, ambas gostam da atividade e a família resolveu repetir a participação.
Já a irmã Leonir trouxe a filha Graziela, 12. Elas já participam do evento há quatro anos. Ela destaca a estrutura organizada e a participação intensa de ciclistas de diferentes idades.
Público variado
Catarina Kohler, 69, mantém a pedalada como um hábito diário. “Não gosto de caminhar. De bicicleta vou mais longe e mais rápido.” Ativa, ela conheceu o evento quando fazia atividades na academia do Sesc e participa todos os anos. Nesta edição, acompanhava o primeiro grupo de bicicletas e se dizia empolgada por mais um ano no evento.
Se o Dia do Pedal tinha ciclistas experientes, como Catarina, também tinha estreantes, como Heitor Maestri, 8 anos.
Além de pedalar regularmente, o menino pratica basquete, natação e é escoteiro há dois anos. Para o pai Rafael Maestri, o estímulo às diversas atividades são parte importante na rotina do filho. Os resultados são percebidos na escola e desenvolvimento.
Já com Luciano Paza, 45, do bairro Guarani, vieram outras seis pessoas, entre amigos, colegas de escola dos filhos e familiares. Ele começou a participar do evento por influência da escola onde os filhos de 8 e 11 anos estudam.
Para ele, atividades como a desenvolvida neste dia 1º são importantes e ações semelhantes poderiam ocorrer com mais frequência. “É um evento que a cidade precisava para as famílias terem alguma opção de atividade em um feriado.”
História sobre rodas
Paralelo ao Dia do Pedal, houve o 3º Passeio Ciclístico de Bicicletas Antigas. Nele, relíquias das duas rodas desfilaram em um pelotão especial, reunindo amantes de modelos datados a partir dos anos 30.
Rodrigo dos Santos, 35, é um dos integrantes do grupo e restaurador dos veículos. Além de trabalhar no setor, na RM Restauração, as bicicletas antigas são classificadas como um hobby de colecionador. São 10, ao todo.
“Nossa história foi feita, basicamente, em cima de bicicletas como esta”, resume ao justificar o apreço do grupo pelos itens. Além disso, afirma, os materiais utilizados e estilo da época estão entre os principais atrativos.