Vítimas da estupidez política e econômica de seus comandantes, os refugiados venezuelanos caminham rumo a um local para viver uma vida digna e acreditam que aqui, no país da diversidade, encontrarão a dignidade. Mas mal sabem eles que não somos tão receptivos como dizem, que somos o país que mais mata por arma de fogo no mundo, que somos o segundo país com a menor noção de nossa própria realidade e que, principalmente, desconhecemos a coletividade.
Pensar coletivo nos dias de hoje é um grande desafio em uma sociedade tomada pelo individualismo, porém, tempos atrás, o pensamento coletivo deixou de ser escolha e passou a ser necessidade. Diz um engravatado do senado que não podemos dar atenção aos refugiados, pois em primeiro lugar está a qualidade de educação das crianças de nosso país. Esse mesmo engravatado doa um total de zero reais para instituições educacionais e possui sua conta bancária recheada com seu merecido auxílio-moradia. Porém, o que importa é que os venezuelanos estão roubando nossas vagas de emprego.
Boa Vista, capital de Roraima, já possui mais de 40 mil refugiados, um número muito maior do que sua infraestrutura consegue comportar. Os venezuelanos gritam para serem acolhidos em outros estados, mas, infelizmente, nossos governantes gritam ainda mais alto os problemas que os refugiados podem causar, e tudo que nos resta é um enorme questionamento: Como resolver esse problema? Bom, poderíamos começar esquecendo que somos cidadãos brasileiros, venezuelanos ou de qualquer outra nacionalidade e lembrarmos que somos todos cidadãos do mundo.
Jéssica Heloise Soares – 2˚ ano Colégio Amplo/Unifebe
texto enviado pela professora Suy Mey Schumacher Moresco