“Nos resta vender o que sobrou dentro de casa”: família de Brusque segue buscando ajuda para alimentar bebê com restrição alimentar

Justiça chegou a ser acionada, porém, audiência que mudará a vida da bebê ainda não foi marcada

“Nos resta vender o que sobrou dentro de casa”: família de Brusque segue buscando ajuda para alimentar bebê com restrição alimentar

Justiça chegou a ser acionada, porém, audiência que mudará a vida da bebê ainda não foi marcada

A brusquense Serena Mendes, de 5 meses, possui restrição alimentar com derivados de proteína animal e a sua família segue lutando para lhe dar uma vida digna. No dia 18 de agosto, o jornal O Município publicou uma matéria sobre a história da pequena e sobre o desafio diário de toda a família. Uma vaquinha foi criada, porém, as doações pararam.

A bebê é alérgica a diversos alimentos e possui problemas com glúten e lactose. Para se alimentar, ela precisa de uma fórmula especial, usada em alimentos infantis para crianças com esse tipo de problema.

Porém, as fórmulas necessárias não são fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que leva a família a custear os alimentos. Devido ao alto valor, eles criaram a vaquinha.

“Estava pensando em retirar a vaquinha, pois não recebemos mais doações faz tempo. Já vendemos várias coisas de casa para conseguir levantar valores. Não podemos deixar ela passar fome. Os familiares ajudam, mas é complicado, o custo é muito alto. Faço rifa e só nos resta vender o que sobrou dentro de casa. Tentamos viver um dia de cada vez”, diz a mãe Gleysiane.

Para alimentar a filha, Gleysiane utiliza a fórmula Neocate + Neo Spoon, um tipo de mistura próprio para papinha de crianças com restrições alimentares semelhantes a de Serena. Os alimentos são formados por aminoácidos livres. Serena faz o consumo de dois em dois dias.

Ela conta ainda que o ingerimento de alimentos com contaminação cruzada promove na bebê evacuação de sangue, vômitos e choques anafiláticos, podendo até levar à morte.

Divulgação

Justiça

Gleysiane e a família moram no Rio Branco, ela diz que o Sistema Único de Saúde fornece fórmulas infantis, mas não as específicas para o caso de Serena. Contudo, ela acionou a Justiça com intuito de conseguir acesso aos medicamentos via rede pública.

No momento, de acordo com a mãe, a audiência para discutir o caso sequer foi agendada. “A informação do advogado é de que em breve será agendada, mas ainda não aconteceu nada”, conta.

“A gente entrou em contato com três vereadores, tentamos falar com o prefeito, mandamos mensagens, fomos até a Defensoria Pública, mas ninguém fez nada”, ressalta Gleysiane sobre os pedidos de ajuda que fez. “Quando fomos à Defensoria, eles disseram que só para chegar no juiz demoraria de cinco a seis meses. É impossível aguentar todo esse tempo”.

Consultas

Além dos remédios, Serena faz consultas com uma gastropediatra em Balneário Camboriú, para examinar suas alergias alimentares.

A família precisou recorrer ao médico particular pelo fato da consulta na rede pública não ter sido agendada. No município também são realizadas consultas com um alergista. Em Brusque, o tratamento realizado pela bebê é feito com um pediatra.

Secretaria de Saúde

De acordo com a Secretaria de Saúde, esta fórmula específica para o caso de Serena, por ser de alto custo, é liberada apenas por via judicial.

Segundo a pasta, não há como estimar quantas pessoas aguardam esta fórmula, pois a procura é realizada diretamente na justiça.

Atualmente, 117 crianças recebem fórmulas infantis dispensadas pelo SUS, além das dietas enterais e suplementação adulta.

Custos

Como não há fornecimento das fórmulas pelo SUS de forma rápida, o custo dos alimentos parte da própria família, que menciona que os gastos mensais chegam a R$ 8 mil, podendo passar com os valores das consultas.

Para ajudar nas despesas, Gleysiane criou uma vaquinha on-line para arrecadar a quantia necessária. Segundo ela, a quantia servirá para pagar as fórmulas necessárias.

“Eu cheguei a fazer uma vakinha para a compra de julho, mas não consegui arrecadar muito, aí aquele valor eu retirei e com a ajuda dos familiares e amigos e cobrimos o resto. Estou toda endividada, não sei mais o que fazer”.

Caso queira contribuir, é possível fazer doações através da página da vaquinha e também diretamente para o Pix de Gleysiane a partir da chave do número de celular: (47) 99771-5674.

Colaborou: Vitor Souza


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